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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu que o governo “não está entregando aquilo que prometeu” até o momento. No entanto, o petista criticou a antecipação de cenários eleitorais para 2026.
“No primeiro ano de governo, como [o governante] ganhou as eleições, há muita expectativa e o povo está muito tranquilo. No segundo ano, começa o povo a saber se a expectativa que tinha está sendo cumprida”, afirmou. Ele também disse que orientou seu ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, a não se preocupar com pesquisas. “Eu dizia ao Pimenta para não se preocupar com pesquisa porque o povo tem razão. A gente não está entregando aquilo que a gente prometeu. Então como é que o povo vai falar bem do governo se a gente não tá entregando? É preciso ter muita paciência”, acrescentou.
O presidente afirmou que não se preocupa com os levantamentos de opinião. “Não é feita para gostar ou não gostar. É feita para analisar, verificar se tem um fundo de verdade e começar a fazer as coisas que são necessárias”, declarou.
“Quero lembrar que eu deixei a Presidência com 87% de [avaliações em] bom e ótimo. Tenho consciência do que nós estamos fazendo, mas tenho muita consciência das coisas que falo para vocês. Cada coisa que eu falar, nós vamos entregar”, disse o petista.
O presidente também afirmou que sua gestão atual prepara o país para avanços maiores do que em seus mandatos anteriores. “Eu posso te garantir: em dois anos de governo, nós preparamos esse país mais do que nos meus outros oito anos [de governo]. Só no PAC serão R$1,8 trilhão”, disse.
O discurso de Lula ocorre em um momento de queda na popularidade de sua gestão. Segundo pesquisa Quaest divulgada nesta semana, 49% dos entrevistados reprovam o governo, enquanto 47% aprovam. Esta foi a primeira vez na série histórica do levantamento que a avaliação negativa superou a positiva. Os índices estão dentro da margem de erro de um ponto percentual.
