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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, reconheceu nesta segunda-feira (28) que houve demora do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para investigar denúncias de fraudes em aposentadorias e pensões. Segundo Lupi, a solicitação para que o órgão apurasse os relatos foi feita em junho de 2023, após a Central de Atendimento do Instituto receber diversas denúncias.
“Eu pedi à época, instruí, para que o INSS, que é a instituição responsável pela ação dessa política pública, começasse a apurar essas denúncias apresentadas. Levou-se tempo demais”, afirmou o ministro durante reunião do Conselho Nacional de Previdência Social.
Lupi argumentou que o processo de investigação dentro do INSS é lento devido à complexidade da autarquia e à necessidade de um trabalho aprofundado. “Não é um botequim de esquina, não dá para ser feito em 24 horas. Isso é um trabalho que precisa ser profícuo, aprofundado. Agora, com essa ação, compete à PF, junto à CGU, examinar esses 11 casos”, disse.
O ministro também destacou a falta de servidores como um dos fatores que dificultam a atuação do instituto. “O volume mensal de solicitações iniciais é de mais de 1 milhão, sendo que o contingente de pessoal para trabalhar nisso é metade do que era há 15 anos. Hoje estamos com cerca de 20 mil [funcionários]. Tudo no INSS é complexo, é uma demanda muito grande. O portal é o mais visitado do governo: em média 75 milhões de pessoas acessam a plataforma todo mês”, sustentou.
Apesar das denúncias e da investigação em curso, Lupi demonstrou confiança nos servidores e nas lideranças indicadas por sua gestão, mas reconheceu que há funcionários do INSS entre os investigados. “De toda a investigação, são mais de 200 pessoas que estão sendo indiciadas ou apontadas por motivos de responsabilidade que será investigado. Tem algumas pessoas, cinco pessoas do INSS entre essas 200”, afirmou.
Entre os investigados, está o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanuto, que foi demitido após operação da Polícia Federal na última semana. As investigações iniciais indicam desvios que podem ultrapassar R$ 6 bilhões.
Lupi ainda reforçou que não vê motivos para preocupação em relação à sua gestão. “Não temos preocupação nenhuma, nenhuma, até porque não somos citados em nenhuma irregularidade e em muito menos de omissão”, concluiu.
