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Após a demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o atual secretário-executivo do ministério, Wolney Queiroz, para assumir o comando da pasta. A solicitação foi feita nesta sexta-feira (2), em meio ao escândalo de desvio de valores em aposentadorias do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). A nomeação deve ser oficializada ainda hoje, com publicação no Diário Oficial da União.
Wolney Queiroz, que ocupa a função de “número 2” do ministério desde o início do governo Lula, tem uma longa trajetória no PDT, com experiência em liderança do partido na Câmara dos Deputados. A escolha de Lula pode ajudar a amenizar o clima com o PDT, que havia ameaçado deixar a base de apoio do governo.
O futuro ministro assumirá a pasta com o desafio de enfrentar a crise desencadeada pelos desvios no INSS. As investigações da Polícia Federal estimam que os descontos irregulares em pagamentos de aposentados e pensionistas totalizem R$ 6,3 bilhões.
Carlos Lupi anunciou sua demissão do cargo por meio de uma publicação nas redes sociais, logo após uma reunião não agendada com o presidente Lula no Palácio do Planalto. O Planalto confirmou a saída do ministro em nota oficial.
O desligamento de Lupi contrariou a recomendação de alguns ministros do governo, que defendiam uma investigação mais aprofundada do INSS antes de qualquer mudança na Previdência. Por outro lado, críticos da gestão de Lula exigiam a saída do ministro.
A investigação da Polícia Federal aponta irregularidades na folha de pagamento de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, com um aumento significativo a partir de 2023. Os valores desviados ultrapassam os R$ 6,3 bilhões.
O esquema envolvia descontos não autorizados para serviços de entidades, e há suspeitas de que funcionários do INSS tenham facilitado a ação, permitindo que o golpe não fosse detectado.
