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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou uma homenagem emocionada ao fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos. Durante uma cerimônia oficial, Lula pediu um minuto de silêncio e exaltou a trajetória do artista, reconhecido mundialmente por sua fotografia voltada a causas sociais e ambientais.
“Uma notícia muito triste a morte do companheiro Sebastião Salgado, se não o maior, um dos maiores e melhores fotógrafos que o mundo já produziu, que morreu hoje”, declarou o presidente.
Lula soube da morte de Salgado durante uma reunião bilateral com o presidente de Angola, João Lourenço. O Brasil chegou a presentear o líder angolano com uma obra do fotógrafo.
Em nota oficial, o presidente destacou o papel de Salgado como um artista comprometido com a denúncia das desigualdades e com a defesa dos mais vulneráveis. “O inconformismo de Sebastião Salgado com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade”, afirmou.
O presidente ainda elogiou a sensibilidade do fotógrafo: “Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração. Por isso mesmo, sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade. E o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade. Aos seus amigos e familiares, deixo meu forte abraço.”
O falecimento foi confirmado pelo Instituto Terra, organização criada por Sebastião e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. “Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador”, informou o instituto em nota.
Natural de Minas Gerais, Sebastião Salgado ganhou projeção internacional com projetos fotográficos que retratam a vida de trabalhadores, povos indígenas, refugiados e o impacto da degradação ambiental. Entre suas obras mais conhecidas estão os livros Outras Américas, Trabalhadores e Serra Pelada.
Além da fotografia, o casal Salgado se destacou pelo trabalho de recuperação ambiental por meio do Instituto Terra, que reflorestou grandes áreas da Mata Atlântica. “Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, escreveu a entidade.
Sebastião Salgado deixa a esposa, Lélia, e dois filhos.
