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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que não descarta disputar a Presidência da República em 2026, caso essa seja a vontade de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz”, declarou o parlamentar em entrevista à revista Veja.
Apesar de abrir a possibilidade de se lançar ao Palácio do Planalto, Eduardo reforçou que seu principal nome para a disputa presidencial continua sendo o do ex-presidente. “Acho que, numa democracia normal, quem deveria ser o candidato é o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera diversas pesquisas”, afirmou.
Questionado sobre outros nomes cotados pela direita para 2026, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado destacou qualidades em ambos. “A Michelle tem uma rejeição muito baixa, um discurso muito próximo das pessoas evangélicas e da pauta das mulheres”, disse. Sobre Tarcísio, afirmou que é um “excelente gestor”, mas ressaltou que ele tem se posicionado pela reeleição ao governo paulista: “Mas ele tem dito que o objetivo dele é a reeleição ao governo de São Paulo”.
Para Eduardo, a escolha de um nome para representar o campo bolsonarista em 2026 ainda depende da decisão do pai. “A decisão”, frisou, seria de Jair Bolsonaro.
O parlamentar também comentou a investigação aberta contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele é investigado por suposta atuação contra o Judiciário brasileiro durante viagens aos Estados Unidos. Entre os crimes apurados estão a incitação à abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“Não tem nada de ilegal na minha atividade aqui. Se eu estivesse fazendo algum ato criminoso, então as autoridades americanas com as quais eu me relaciono também estariam cometendo o mesmo delito”, afirmou.
Eduardo Bolsonaro ainda comentou sobre a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes ser alvo de sanções nos EUA. “[O senador] Rubio disse que existia uma grande probabilidade. O início ocorreu agora com os vistos”, afirmou, em referência ao anúncio feito pelo senador americano Marco Rubio na última quarta-feira (28), sobre restrições de vistos para estrangeiros acusados de censurar cidadãos dos Estados Unidos.
Na mesma data, Eduardo publicou um vídeo em sua conta no X (antigo Twitter), interpretando a medida como um recado direto ao ministro do STF. “Se isso não é um recado claro ao censor Alexandre de Moraes, eu não sei mais o que pode ser, e como também eu sempre tenho dito: o que precede a ruína dos ditadores é a sua arrogância, é a certeza por serem os todo-poderosos, podem fazer qualquer coisa”, afirmou.
