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Durante evento realizado em São Paulo neste sábado (7), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a urgência de um debate profundo sobre o modelo de Estado brasileiro. Para ele, é preciso repensar os gastos públicos, revisar isenções fiscais e avançar com uma reforma administrativa que traga eficiência e justiça à estrutura governamental.
No encontro promovido pelo Grupo Esfera Brasil, Motta comparou o país a um navio preso a um modelo ineficaz, que cobra mais de quem produz e entrega pouco à sociedade. “O atual modelo de Estado virou uma espécie de grande costureira: a cada crise, é um remendo no cobertor. Se nada for feito, essa costureira morre e leva o país junto”, alertou o deputado.
Embora não tenha citado diretamente o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o parlamentar destacou a importância de discutir o equilíbrio fiscal e de revisar benefícios tributários. Nesse contexto, tributos como o IOF podem voltar ao radar do governo como alternativa para ampliar a arrecadação.
Motta ressaltou que a responsabilidade fiscal deve ser um compromisso coletivo. “É preciso coragem para reconhecer que a política começa no orçamento público”, afirmou.
Neste domingo (8), o presidente da Câmara participará de uma reunião com líderes partidários e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir as propostas estruturantes do governo voltadas ao equilíbrio das contas públicas. “Essa reunião representa uma oportunidade única. O que está em jogo não é um número na planilha, é a liberdade do país de decidir seu rumo”, enfatizou.
Durante o evento, o deputado também anunciou que a Câmara criou um grupo de trabalho para tratar da reforma administrativa. A proposta, segundo ele, deve ser apresentada em até 40 dias e incluirá a adoção de ferramentas tecnológicas e a valorização da meritocracia no serviço público.
Motta ainda criticou o volume de isenções fiscais atualmente em vigor. “Os benefícios tributários chegaram a um número que o Brasil não consegue mais suportar. A conta está sendo jogada no colo do mais fraco”, concluiu.
