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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa nesta segunda-feira (30) do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e rejeitada pelo Congresso Nacional na semana passada. Em postagens nas redes sociais, a ministra argumentou que a proposta buscava promover justiça tributária e afirmou que o governo pode levar o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“O que está faltando nesse esforço para equilibrar as contas é a contribuição do chamado andar de cima, que não paga imposto pelo rendimento de aplicações financeiras, pelos lucros e dividendos distribuídos aos acionistas, que goza de isenções fiscais injustificáveis e são os que lucram com a escandalosa taxa de juros”, escreveu Gleisi.
A ministra também rebateu críticas de que os gastos do governo pressionam a dívida pública. “Não são os investimentos do governo, sociais e em infraestrutura, que pressionam a dívida pública. É a política monetária que herdamos do governo passado, com juros estratosféricos que vão levar essa conta a R$ 1 trilhão este ano. Uma ciranda maluca, que não se justifica diante de uma inflação que está abaixo da média nacional nos últimos 30 anos.”
Segundo Gleisi, o governo pretende “cobrar um pouco mais de imposto de renda de quem ganha muito, para isentar quem recebe até R$ 5 mil e paga até 27,5% de imposto”. Ela também defendeu a taxação de rendimentos de aplicações incentivadas e a revisão de isenções fiscais. “Começar a reduzir os gastos tributários com isenções que não geraram empregos e custaram mais de R$ 600 bilhões em 2024”, afirmou.
Na quarta-feira (25), o Congresso derrubou, em votação rápida, a norma do governo que previa o aumento do IOF e outras medidas de arrecadação para tentar cumprir a meta fiscal. O impasse gerou novo atrito entre Executivo e Legislativo.
Mais cedo nesta segunda, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que o Congresso havia alertado o governo sobre a dificuldade de aprovar o aumento do imposto. Em publicação nas redes sociais, criticou a postura do Executivo. “É preciso parar com a narrativa de ‘nós contra eles’”, escreveu.
O Brasil está cansado dessa conversa de cortar políticas sociais, congelar o salário-mínimo e sacrificar os aposentados. Isso não é debate sério sobre política fiscal; é defesa de privilégios e injustiças. Este país tem sim distorções históricas que precisam ser corrigidas, mas…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) June 30, 2025
