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O Ministério Público da Itália emitiu nesta quarta-feira (22) parecer favorável à extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que atualmente cumpre prisão cautelar em Roma. A informação foi divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU), responsável por representar o Estado brasileiro no processo.
A decisão italiana representa mais um passo no processo que pode resultar na devolução da parlamentar ao Brasil para cumprir as penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli foi detida em julho deste ano, em uma operação conjunta entre autoridades brasileiras e italianas, após a Corte de Apelação de Roma determinar a prisão devido ao “grave risco de fuga”. A deputada havia deixado o Brasil pouco depois de o STF decretar sua prisão preventiva, em cumprimento a uma sentença proferida em 4 de junho deste ano.
A parlamentar já foi condenada duas vezes pelo STF. Na primeira condenação, recebeu dez anos de prisão pelos crimes de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, em associação com o hacker Walter Delgatti Neto.
Na segunda condenação, Zambelli foi sentenciada a 5 anos e 3 meses em regime semiaberto pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Além disso, deverá pagar uma multa equivalente a 400 salários-mínimos da época dos fatos, com correção monetária. A decisão também prevê a perda do mandato parlamentar, que será efetivada após o esgotamento de recursos.
Eis a íntegra da nota da AGU:
Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está presa cautelarmente no país europeu, por decisão da Corte de Apelação de Roma, que considerou haver grave risco de fuga.
Zambelli ingressou em território italiano pouco tempo depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar sua prisão preventiva no Brasil. A prisão foi ordenada em cumprimento à sentença proferida em 4 de junho de 2025, pelo STF.
A Advocacia-Geral da União (AGU) atua no processo de extradição da parlamentar com o objetivo de fazer cumprir as determinações da Justiça brasileira.
Condenações
Carla Zambelli foi condenada duas vezes pelo STF. Na primeira, a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. Foi após esta condenação que a parlamentar fugiu para a Itália, onde acabou presa em julho, após cooperação entre autoridades brasileiras e italianas.
Na segunda condenação, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, foi fixada pena de 5 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial semiaberto, além do pagamento de multa correspondente a 400 salários-mínimos vigentes à época dos fatos (2022), com devida atualização monetária. A decisão também determinou a perda do mandato parlamentar, a ser efetivada após o trânsito em julgado da condenação (quando não houver mais possibilidade de recurso).