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O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta quinta-feira (23) que pessoas próximas ao governo Lula (PT) estariam sendo blindadas durante os trabalhos da comissão parlamentar mista de inquérito.
“Gostaríamos de ouvir todas as pessoas envolvidas, mas há uma blindagem especialmente de nomes que estão mais próximos ao governo Lula”, declarou Viana aos jornalistas.
A CPMI investiga fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social, reveladas em abril deste ano após a Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.
“Vejo com clareza que a população brasileira já entendeu que a CPMI está fazendo a parte dela. Estamos fazendo a nossa parte. O julgamento, a condenação virá pela justiça. Infelizmente é difícil, mas vamos lutar”, afirmou o senador.
Durante a sessão, Viana também fez um apelo ao ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, para que determine as prisões solicitadas pela CPMI:
“Faço este apelo ao vivo diante dos membros desta CPMI e de todo o Brasil. Ministro André Mendonça, confiamos plenamente em vossa excelência, mas o tempo da paciência acabou”, disse.
Na mesma quinta-feira, a comissão ouviu o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Filho, afastado do cargo em abril. Ele é acusado de enriquecimento ilícito e incompatível com seus rendimentos como servidor público. O depoimento começou por volta das 18h.
Mais cedo, Thaísa Hoffmann, esposa de Virgílio e também suspeita de envolvimento no esquema, prestou depoimento e optou por ficar em silêncio, sem responder às perguntas de deputados e senadores.
As fraudes consistiram na falsificação de autorização de idosos para que se tornassem mensalistas de associações e sindicatos. Para isso, as entidades utilizavam irregularmente acordos com o INSS para descontar automaticamente as mensalidades das aposentadorias e pensões.
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram a Operação Sem Desconto em abril de 2025, com mandados de busca e apreensão e pedidos de prisão. A fraude é estimada pela Polícia Federal em R$ 6,3 bilhões, valor referente ao período de 2019 até 2024.