Nesta quarta-feira (16), a CPI da Covid aprovou a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do empresário Carlos Wizard, apontado como membro do chamado “gabinete paralelo” de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro.
O empresário é aguardado para depor nesta quinta-feira, 17, mas não confirmou sua presença. Segundo a sua defesa, ele está nos Estados Unidos desde o fim do mês de março. Caso não compareça, a CPI da Covid-19 deve recorrer ao pedido de condução coercitiva.
Nos últimos três anos, o empresário Carlos Wizard Martins e sua mulher, Vânia, ajudaram 12.000 refugiados venezuelanos a se estabelecer no Brasil. Wizard chegou a deixar sua casa em Campinas, no interior paulista, a família e o comando do Grupo Sforza, holding que reúne suas 20 empresas, para se lançar em uma missão humanitária em Roraima. Todos os dias, ele acompanhava grupos de refugiados até o aeroporto de Boa Vista, a capital, e implorava por um lugar em algum voo rumo às regiões Sul e Sudeste, onde empresas e igrejas estariam prontas para acolhê-los.
O programa humanitário fornece apoio e moradia para os imigrantes graças a campanhas de arrecadação e parcerias com outras instituições.
E agora deve ser inquirido pela CPI da Covid, incluindo Renan Calheiros e Omar Aziz.