O epidemiologista Pedro Hallal, da Ufpel (Universidade Federal de Pelotas), disse nesta quinta-feira (24) à CPI da Covid que não podemos comemorar as pessoas curadas da Covid-19.”Comemorar 16 milhões de curados, é como comemorar o gol do Brasil contra a Alemanha”, disse o depoente.
O profissional de educação física também criticou o tratamento precoce. ” A afirmação de que o tratamento precoce salvou vidas é absolutamente equivocada (…). “Comemorar 16 milhões de curados, é como comemorar o gol do Brasil contra a Alemanha. 16 milhões curados, significa que 16 milhões de pessoas ficaram doentes”, disse Hallal.
O epidemiologista disse que o país, ao alcançar a marca de 500 mil mortes na pandemia, poderia ter evitado cerca de 400 mil delas.
Ele comparou o número de mortes no mundo – aproximadamente 3,9 milhões – com o tamanho da população brasileira – 2,7% dos habitantes do planeta. E estimou dessa forma o número de óbitos esperado para o país caso a proporção fosse mantida.