Saúde

Uma Droga Mortal: Novo Estudo Liga Uso Recreativo a Maior Risco de Problemas Cardíacos

Imagem ilustrativa feita pelo Gazeta Brasil

Um novo estudo realizado na França descobriu que o uso de drogas recreativas pode aumentar significativamente o risco de emergências cardíacas recorrentes. Segundo a pesquisa, usuários dessas substâncias têm três vezes mais chances de sofrer novos episódios cardíacos graves em comparação com aqueles que se abstêm.

Entre 2021 e 2022, pesquisadores acompanharam quase 1.400 pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) em toda a França. Todos os pacientes foram submetidos a testes de drogas, e os resultados mostraram que 11% tinham cannabis, opioides, cocaína, anfetaminas ou MDMA em seu organismo no momento da admissão. Além disso, mais de 28% testaram positivo para duas ou mais dessas substâncias.

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Os resultados indicaram que aproximadamente 6% dos pacientes que não usavam drogas sofreram uma nova emergência cardíaca no período de um ano, enquanto entre os usuários de drogas, esse número subiu para 13%. Além disso, aqueles que faziam uso de substâncias recreativas apresentaram maior probabilidade de sofrer morte por causas cardíacas, infarto não fatal ou derrame.

“O uso de drogas recreativas foi associado a um risco triplicado de um novo evento cardiovascular grave dentro de um ano”, afirmou o Dr. Raphael Mirailles, médico do Hospital Lariboisière, em Paris. Apesar de testes de drogas não serem um protocolo padrão no tratamento de pacientes em estado crítico, Mirailles sugere que a triagem sistemática deveria ser considerada em UTIs, dado os resultados alarmantes do estudo.

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Entre as substâncias analisadas, o MDMA foi a que apresentou maior risco cardíaco, com os usuários quatro vezes mais propensos a ter um novo episódio. Curiosamente, cocaína e anfetaminas não mostraram uma relação estatisticamente significativa com eventos cardiovasculares graves.

O estudo também observou que o uso de opioides aumentou o risco cardíaco em 3,6 vezes, enquanto o consumo de cannabis quase dobrou esse risco. Os pesquisadores reconhecem as limitações do estudo, devido ao curto período de análise, e sugerem que novas investigações sejam realizadas para entender melhor essa relação.

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Esses achados são particularmente preocupantes à luz de outra pesquisa francesa, que revelou que mulheres que fumam maconha regularmente têm um risco significativamente maior de morte por doenças cardiovasculares (DCV) em comparação com aquelas que não utilizam a substância. Além disso, outras pesquisas indicam que o uso frequente de maconha pode aumentar o risco de cânceres de cabeça e pescoço (HNCs). Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia revelou que usuários de maconha têm entre 3,5 e 5 vezes mais chances de desenvolver esses tipos de câncer do que aqueles que não fumam.

A crescente evidência sobre os riscos à saúde associados ao uso de drogas recreativas levanta questões importantes sobre a necessidade de triagem e prevenção em ambientes médicos, especialmente em pacientes com histórico de uso dessas substâncias.

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