Nesta terça-feira (30), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, enviou ao procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, as mensagens roubadas da Operação Lava Jato “para ciência e providências cabíveis”.
A medida foi tomada após a defesa de Lula informar que foram concluídas as diligências no Instituto de Criminalística, responsável pela perícia do material, que reúne conversas de procuradores da força-tarefa da Lava Jato que foram acessadas por hackers e apreendidas pela Polícia Federal (PF) na Operação Spoofing.
Aras foi notificado tanto por ser chefe do Ministério Público Federal (MPF) como presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), responsável por abrir processos administrativos para apurar a conduta de integrantes da categoria.
Em outro despacho, o ministro do STF também encaminhou à corregedora-geral do MPF, Elizete Maria Paiva Ramos, o material sobre as supostas tratativas mantidas pela força-tarefa com agentes estrangeiros.
Lewandowski pede também para que ela informe se, de fato, como alega a defesa de Lula, inexistem quaisquer registros de tratativas e negociações internacionais, como correspondências com autoridades internas e de outros países, e-mails, contas telefônicas, memorandos, atas de reunião, perícias, planilhas, lançamentos contábeis, extratos bancários, compromissos de confidencialidade, minutas de acordos, anotações de ingresso e saída de dinheiro com os respectivos destinos, recibos de passagens, estadias e alimentação etc.
E, caso existam tais registros, o ministro pede para ser informado particularmente sobre os que se referem à Odebrecht, com foco nas perícias realizadas nos sistemas Drousys e MyWebDay.
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, determinou o encaminhamento das mensagens da Lava Jato obtidas na Operação Spoofing para o PGR Augusto Aras, para "ciência e providências cabíveis".
— JOTA (@JotaInfo) March 30, 2021