O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que seu país está preparado para um “ataque direto” do Irã, minutos antes de o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, confirmar que Teerã havia lançado dezenas de “veículos aéreos não tripulados de seu território em direção ao Estado de Israel”.
“Cidadãos de Israel, nos últimos anos e, mais ainda, nas últimas semanas, Israel tem se preparado para a possibilidade de um ataque direto do Irã”, começou dizendo o líder em um vídeo antes de especificar que suas tropas estão prontas para enfrentar qualquer situação que surja. “Nossos sistemas de defesa estão implantados e estamos preparados para qualquer cenário, tanto na defesa quanto no ataque. O Estado de Israel é forte, as Forças de Defesa de Israel são fortes, o povo é forte”, continuou.
Paralelamente, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que os drones iranianos levarão horas para chegar ao seu território. Eles também afirmaram que estão “em alerta máximo” com o desdobramento de “aviões da Força Aérea e navios da Marinha com a missão de proteger o país”.
Netanyahu prometeu, nesse sentido, que o regime de Teerã enfrentará as consequências de suas ações, após ignorar os pedidos de redução da escalada feitos não apenas por seu gabinete, mas por outras nações ocidentais.
“Estabeleci um princípio claro: quem nos prejudicar, nós os prejudicaremos. Nos defenderemos de qualquer ameaça e o faremos com calma e determinação”, advertiu, como já havia feito nos dias anteriores.
Além disso, ele agradeceu o apoio dos países ocidentais, que intensificaram sua cooperação nas últimas horas. “Agradecemos aos Estados Unidos por estarem ao lado de Israel, assim como o apoio do Reino Unido, França e muitos outros países”, afirmou. “Juntos permanecemos firmes e juntos, com a ajuda de Deus, venceremos todos os nossos inimigos”, prometeu.
Por fim, ele pediu à população que mantenha a calma e siga as ordens do Comando do Front Interior, responsável por projetar uma estratégia de prevenção e segurança para as próximas horas. Por exemplo, as autoridades pediram para evitar concentrações de mais de mil pessoas, bem como manifestações em locais públicos, e ordenaram o fechamento de escolas e a suspensão de atividades educacionais a partir desta noite até segunda-feira.
Enquanto suas palavras eram divulgadas, o Gabinete de Guerra realizava uma nova reunião para avaliar a situação e continuar monitorando todos os alvos inimigos que se aproximam de seu território.
