Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), exonerou na quarta-feira (29) o capitão da Rota Raphael Alves Mendonça, membro da Assessoria Militar do Gabinete do prefeito. Mendonça, responsável pela segurança do prefeito e sua família, está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar por supostamente participar de uma rede de informantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro da corporação.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da cidade nesta quinta-feira (30), com a revogação do ato que nomeava Mendonça para a equipe de segurança do prefeito. Além disso, foram retiradas as gratificações que ele recebia pelo cargo. Mendonça, que não está preso, permanece sob investigação, e a PM afirmou que “nenhum desvio de conduta será tolerado”, após a detenção de 17 policiais envolvidos com o crime organizado.
Mendonça foi nomeado em junho de 2024 para o cargo de assessor policial militar e, em sua função, cuidava da segurança do prefeito e de sua família, além de realizar atividades administrativas. Antes de assumir o cargo, ele chefiou a Agência de Inteligência da Rota e fez parte da equipe de segurança da cúpula do Ministério Público, onde atuou na escolta do procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.
As investigações sobre vazamentos dentro da Rota, que ocorreram entre 2021 e 2022, indicam que o capitão teria atuado como informante da facção criminosa. O envolvimento de policiais com o crime organizado já resultou na prisão de outros 17 PMs, e a PM reforçou que a Corregedoria está conduzindo a apuração rigorosamente.
Mendonça foi transferido para o 21º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) em 20 de janeiro, onde exerce atividades administrativas até que as investigações sejam concluídas. A Corregedoria afirmou que detalhes sobre o inquérito estão sendo preservados para não prejudicar o andamento das apurações.
A Prefeitura de São Paulo declarou, por meio de nota, que a escolha dos profissionais designados para funções de segurança do prefeito é responsabilidade da Polícia Militar.
Eis a íntegra da nota da Prefeitura:
A Prefeitura de São Paulo informa que o policial militar citado pela reportagem trabalhou na Assessoria Policial Militar da Prefeitura de junho de 2024 a janeiro de 2025 em funções administrativas e, eventualmente, fez a escolta do prefeito em substituição a outros policiais militares que se encontravam em fruição de afastamentos regulares. Importante destacar que a seleção e movimentação desses profissionais são de responsabilidade da Polícia Militar.
