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Em uma nova entrevista, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os palestinos não teriam direito de retornar à Faixa de Gaza caso o território fosse assumido e desenvolvido pelos EUA, conforme sua proposta.
“Não, eles não teriam, porque vão ter moradias muito melhores. Muito melhores”, disse Trump ao entrevistador Bret Baier, da Fox News, durante uma entrevista conduzida no sábado e exibida na segunda-feira.
O ex-presidente sugeriu a construção de um local permanente para os palestinos desalojados, alegando que a volta imediata a Gaza seria inviável. “Se eles tivessem que voltar agora, levaria anos até que pudesse — não é habitável. Levaria anos até que pudesse acontecer”, argumentou.
Proposta enfrenta resistência internacional
Trump afirmou que poderia negociar um acordo com a Jordânia e o Egito para que acolhessem os palestinos deslocados de Gaza, apesar de líderes desses países e de outras nações árabes já terem rejeitado a ideia. O ex-presidente deve se reunir com o Rei Abdullah II da Jordânia na terça-feira, na Casa Branca, onde o tema deve ser um dos principais pontos de discussão.
A proposta surgiu inicialmente durante uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na semana passada. Desde então, Trump reforçou que tropas americanas não estariam envolvidas na segurança da região. No domingo, ele classificou Gaza como “um local de demolição”.
Reações e repercussão
A proposta de Trump contraria décadas de política externa dos EUA no Oriente Médio e já foi amplamente criticada por líderes árabes, incluindo aliados históricos dos americanos. Mahmoud Abbas, chefe da Autoridade Nacional Palestina, declarou que os comentários do ex-presidente “representam uma violação séria do direito internacional”.
A Arábia Saudita também se manifestou, reafirmando sua “rejeição absoluta à violação dos direitos legítimos do povo palestino, seja através de políticas de assentamento israelense, anexação de terras palestinas ou esforços para deslocar o povo palestino de sua terra”.
