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A Dra. Kathryn Mannix, especialista em cuidados paliativos do Newcastle Hospitals NHS Trust, detalhou o processo pelo qual o corpo humano passa nas últimas horas de vida. Em um artigo publicado pela BBC Science Focus, a médica descreve as mudanças que ocorrem no organismo, marcadas por uma “desativação em cascata” de funções biológicas.
Segundo a Dra. Mannix, o apetite é uma das primeiras coisas a ser afetada. Conforme o corpo se prepara para a morte, a energia necessária para manter as funções diminui, e a alimentação deixa de ser prioritária. No entanto, pequenos prazeres, como comidas favoritas, podem continuar sendo apreciados.
O sono torna-se cada vez menos presente, dando lugar a períodos de inconsciência mais prolongados. As alterações no sistema circulatório, como a diminuição da pressão arterial, resultam em pele fria e unhas com tom escurecido, devido à circulação mais lenta.
Nos momentos finais, mudanças na respiração são evidentes. Padrões respiratórios automáticos, controlados pelo tronco cerebral, podem gerar sons incomuns, como roncos ou respiração ruidosa. Apesar disso, não há sinais de sofrimento. A respiração tende a ficar mais superficial e espaçada até cessar completamente, o que leva ao desligamento dos órgãos vitais.
Embora a ciência ainda não compreenda totalmente o que ocorre no cérebro neste estágio, estudos sugerem que há atividade cerebral mesmo após a interrupção da respiração e dos batimentos cardíacos. Um estudo recente registrou que memórias podem ser evocadas nos momentos finais, possivelmente explicando relatos de experiências próximas à morte, como luzes brilhantes ou encontros com entes queridos já falecidos.
Além disso, profissionais que lidam com pacientes terminais observam fenômenos emocionantes. A enfermeira Maria Sinfield, que trabalha com cuidados paliativos há uma década, relatou casos de pacientes que buscaram resolver questões emocionais ou até chamaram por familiares falecidos, como se eles estivessem presentes no quarto.
Essas revelações destacam a importância dos cuidados paliativos não apenas no alívio físico, mas também no apoio emocional, garantindo que os últimos momentos sejam marcados por dignidade e conforto.
