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O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar um vídeo divulgado nas redes sociais em que policiais militares do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, aparecem queimando uma cruz enquanto fazem um gesto com o braço erguido na altura do ombro. A gravação foi publicada na última terça-feira (15), mas retirada do ar após a repercussão negativa.
A filmagem foi registrada durante a cerimônia de encerramento de um treinamento do batalhão. Em nota, a Polícia Militar alegou que a ação faz parte de um “ritual simbólico” que representa a superação dos desafios físicos e psicológicos enfrentados pelos agentes durante o curso. A corporação negou qualquer intenção de associar o ato a ideologias políticas, religiosas ou raciais.
Apesar da justificativa, o Ministério Público considerou preocupante o uso da imagem de uma cruz em chamas, apontando que o símbolo remete a rituais da Ku Klux Klan — organização supremacista branca dos Estados Unidos que disseminava ódio contra a população negra e outras minorias.
Internautas também destacaram que, em trechos do vídeo, alguns policiais aparecem com os braços estendidos para frente, em um gesto semelhante à saudação nazista utilizada por Adolf Hitler.
A Polícia Militar informou que instaurou um procedimento interno para apurar o caso e reforçou que “repudia qualquer manifestação de intolerância, preconceito ou discriminação”.
A produção do vídeo tem forte apelo visual, com trilha sonora, imagens aéreas e encenações. Além da cruz flamejante, aparecem viaturas da PM com faróis acesos, bandeiras da corporação e a palavra “BAEP” desenhada com fogo. A cruz em chamas surge em destaque, conectada a uma trilha de fogo no solo.
