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Uma reportagem do Wall Street Journal coloca em xeque a transparência dos dados econômicos divulgados pelo governo chinês. Segundo o jornal americano, informações cruciais sobre a economia da China estariam sendo manipuladas para apresentar um cenário mais otimista do que o real.
O artigo aponta que estatísticas fundamentais como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desemprego entre os jovens, dados do setor imobiliário e exportações vêm sendo omitidos ou apresentados de forma não transparente. Um dos exemplos citados é um estudo do banco Goldman Sachs, que, ao utilizar metodologia própria cruzando dados de gastos domésticos e importações, estimou um crescimento do PIB chinês de 3,7% em 2024. O número diverge da taxa oficial divulgada pelo governo, que aponta um crescimento de 5% no mesmo período.
Além de análises internacionais, economistas chineses também manifestaram desconfiança em relação aos números oficiais. Em dezembro, Gao Shanwen, da SDIC Securities, afirmou em uma conferência nos Estados Unidos que a economia chinesa poderia estar crescendo apenas 2% nos últimos anos. Gao foi posteriormente proibido de fazer declarações públicas.
Outra economista, da Universidade de Pequim, questionou os dados sobre o desemprego juvenil, sugerindo que a taxa real seria de 46,5%, contra os 21,3% oficialmente alegados em 2023.
O Wall Street Journal destacou seis áreas cujos dados foram omitidos ou alterados nos últimos anos:
- Crescimento do PIB: Divergências entre estimativas de Goldman Sachs (3,7%), Rhodium Group (2,4%) e o índice oficial de 5% em 2024.
- Desemprego entre jovens: Dados permaneceram meses sem divulgação e a taxa foi revisada de 21,5% para 14,5%, após exclusão de estudantes em busca de trabalho.
- Óbitos cremados: Estatísticas interrompidas desde 2022.
- Produção de shoyu: Indicador econômico relevante que deixou de ser publicado em 2021.
- Investimento estrangeiro: Atualização em tempo real foi suspensa a partir de 2024.
- Vendas de imóveis: Estatísticas não divulgadas desde 2022.
