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A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quarta-feira (14), a 2ª fase da Operação Adolescência Segura, com o objetivo de desarticular uma das maiores organizações criminosas do país especializada em crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes.
A ação cumpriu cinco mandados de internação provisória e um mandado de busca e apreensão, expedidos pela Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro. Os mandados foram cumpridos em cinco estados diferentes: um menor foi apreendido em Minas Gerais (Belo Horizonte), um em Mato Grosso do Sul (Campo Grande), um em Santa Catarina (Balneário Piçarras) e dois no Paraná. O mandado de busca foi realizado em São Paulo. A operação mobilizou cerca de 60 policiais civis em todo o país.
Esta nova etapa da operação ocorre um mês após a primeira fase, realizada em 15 de abril, que resultou na prisão de dois adultos e na apreensão de sete menores.
As investigações tiveram início em fevereiro, após um caso chocante no Rio de Janeiro, onde um morador em situação de rua teve 70% do corpo queimado por um adolescente, enquanto outro jovem, maior de idade, filmava e transmitia o ataque ao vivo para cerca de 220 pessoas em um servidor da plataforma Discord. O aplicativo de mensagens Telegram também era utilizado pela organização.
A partir desse crime, a polícia descobriu uma série de ações coordenadas por uma organização criminosa que aliciava adolescentes para a prática de crimes de ódio e violência extrema no ambiente virtual.
Entre os crimes investigados pela Polícia Civil estão: tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio e à automutilação, estupro virtual de vulnerável, produção e divulgação de material de exploração sexual infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo, invasão de dispositivos de informática e crimes de ódio em geral.
A atuação da quadrilha chamou a atenção de agências internacionais como a HSI (Homeland Security Investigations) e o NCMEC (Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas), dos Estados Unidos, que colaboraram com relatórios e informações cruciais para o avanço das investigações.
A operação foi coordenada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) e contou com o apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança Pública e de policiais civis de cinco estados.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que as investigações prosseguem para identificar outros integrantes da organização criminosa e reforçou o alerta aos pais e responsáveis sobre os perigos do ambiente virtual para crianças e adolescentes.
