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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu nesta sexta-feira (23) o inquérito sobre o trágico acidente de ônibus que matou sete estudantes e deixou 26 feridos no dia 4 de abril, em Imigrante, no Vale do Taquari. As vítimas eram do curso de Paisagismo do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e participavam de uma atividade acadêmica.
O veículo tombou em uma ribanceira na RSC-453 enquanto transportava os alunos, provocando uma das maiores tragédias envolvendo estudantes universitários no estado.
Após quase dois meses de investigação, três pessoas foram indiciadas por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e por 21 lesões corporais culposas. A conclusão foi divulgada em coletiva de imprensa em Teutônia.
Quem são os indiciados:
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Rodolfo Bopp, motorista do ônibus: segundo a investigação, ele não adotou as técnicas de segurança necessárias durante a condução do veículo.
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Responsável pelo Núcleo de Transporte da UFSM (identidade não revelada): a polícia apontou falhas na manutenção do ônibus. A última revisão completa do veículo teria sido feita apenas em 2023.
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Representante da empresa contratante dos motoristas (identidade não revelada): conforme apurado, os motoristas não tinham a qualificação técnica exigida para a função, e a representante da empresa tinha ciência disso.
Defesa do motorista
A defesa de Rodolfo Bopp rebateu o indiciamento e afirmou que o condutor não agiu com imprudência, negligência ou imperícia. Em nota, os advogados disseram que “todas as ações estavam dentro dos padrões de segurança exigidos” e que “a situação era de extremo perigo, com risco às vidas”.
“Não foram colhidos elementos que possam indicar conduta inadequada do motorista”, destacou a defesa.
Com o encerramento do inquérito, o caso segue agora para o Ministério Público, que vai analisar se oferece denúncia contra os indiciados.
