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Nesta terça-feira (3), o empresário Elon Musk voltou a criticar publicamente o projeto de lei orçamentária do presidente Donald Trump.
Em uma publicação na rede social X, Musk classificou a proposta como “massiva, escandalosa e eleitoreira”, afirmando que se trata de uma “abominação repugnante”. “Deveria causar vergonha a quem votou a favor. Eles sabem que erraram. Sinto muito, mas não suporto mais isso”, declarou o bilionário.
A resposta da Casa Branca foi rápida. A porta-voz Karoline Leavitt disse à imprensa que o presidente está ciente da posição de Musk, mas que isso não altera sua visão. “É um projeto grande e belo, e o presidente mantém sua convicção”, afirmou.
Até recentemente, Musk liderava a recém-criada Oficina de Eficiência Governamental (DOGE), da qual se desligou após quatro meses. À frente do órgão, conduziu cortes drásticos, incluindo o fechamento de agências e a demissão de milhares de funcionários, com o objetivo de reduzir o tamanho do governo federal. Apesar dos esforços, os resultados ficaram aquém da meta original de economizar US$ 2 trilhões, e a confiabilidade dos números apresentados foi colocada em xeque por especialistas.
A proposta orçamentária em discussão no Congresso prevê cortes profundos em áreas como saúde e assistência alimentar, mas também adicionaria US$ 3 trilhões ao déficit nacional ao longo de dez anos, segundo projeções citadas por Musk — um ponto central de sua oposição.
As críticas de Musk ao chamado “grande e belo projeto de lei” não são novidade, mas se tornaram mais contundentes nos últimos dias, refletindo o desgaste da relação entre ele e a atual administração republicana.
Enquanto isso, Trump intensificou a pressão sobre senadores republicanos para aprovarem a proposta, que também inclui o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos. Nesta terça-feira, o ex-presidente atacou o senador Rand Paul, chamando-o de “louco”, após o parlamentar declarar que votaria contra o projeto por considerá-lo incompatível com os princípios conservadores.
“Isso não é conservador”, afirmou Paul, acrescentando que a medida elevaria perigosamente a dívida do país. Trump reagiu nas redes sociais, acusando o senador de apresentar ideias “malucas” e “impraticáveis”.
O líder republicano no Senado, John Thune, reconheceu as divisões internas, mas reforçou que “o fracasso não é uma opção”. Segundo o Departamento do Tesouro, o governo pode atingir seu limite de endividamento entre agosto e setembro, o que torna a aprovação urgente.
Thune disse ainda que o partido precisa garantir pelo menos 51 votos no Senado — onde todos os democratas devem votar contra — e que as próximas semanas serão decisivas para ajustar o texto e conquistar apoio suficiente entre os 53 senadores republicanos.
