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Os Estados Unidos vetaram nesta quarta-feira (4) uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo imediato e acesso humanitário irrestrito na Faixa de Gaza. Washington justificou a decisão, alegando que a resolução “socavaria os esforços diplomáticos em curso” para resolver o conflito.
Esta foi a primeira votação do organismo de 15 membros sobre a situação no enclave palestino desde novembro, quando os Estados Unidos, um aliado-chave de Israel, também bloquearam um texto que solicitava o fim das hostilidades.
A resolução proposta exigia um cessar-fogo “imediato, incondicional e permanente” em Gaza, a ser respeitado por todas as partes envolvidas. Além disso, pedia a “liberação imediata, digna e incondicional de todos os reféns em poder do Hamas e outros grupos” e destacava a “situação humanitaria catastrófica” no território palestino. Caso fosse aprovada, a resolução demandaria o levantamento de todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Dorothy Shea, argumentou antes da votação que a resolução “socavaria os esforços diplomáticos para alcançar um cessar-fogo que reflita as realidades sobre o terreno e envalentonaria a Hamas”. Ela também criticou o texto por estabelecer uma “falsa equivalência entre Israel e Hamas”.
Este veto é o primeiro utilizado por Washington desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo em janeiro, e expõe as crescentes pressões internacionais sobre o governo de Benjamin Netanyahu para que finalize a guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 em território israelense. A pressão também tem aumentado devido à falha na distribuição de ajuda humanitária em Gaza.
Um esforço de auxílio humanitário apoiado pelos Estados Unidos, o Fundo Humanitário de Gaza (GHF), também tem sido alvo de críticas por coordenar os esforços de ajuda com uma das partes beligerantes, o que vai contra os princípios humanitários de longa data.
Por sua parte, o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, instou o Conselho de Segurança a agir, afirmando que “a história julgará a todos sobre o quanto se fez para deter este crime contra o povo palestino”.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, criticou a resolução antes da votação, declarando que ela “não avança no alívio humanitário, mas sim o socava”, e ignorava o “único partido que segue colocando em perigo os civis em Gaza: Hamas”.
(Com informações da AFP)
