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A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) anunciou, nesta sexta-feira (6), a suspensão de quatro estudantes do curso de Direito por atos de racismo e discriminação praticados durante os Jogos Jurídicos de 2024. Os alunos foram flagrados utilizando termos como “cotistas” e “pobres” para ofender integrantes da equipe da Universidade de São Paulo (USP) durante uma partida de handebol.
O caso ocorreu em 16 de novembro do ano passado e teve grande repercussão nas redes sociais após a divulgação de vídeos com os insultos. Identificados como Arthur Martins Henry, Matheus Antiquera Leitzke, Tatiane Joseph Khoury e Marina Lessi de Moraes, os quatro estudantes serão impedidos de frequentar o campus por 30 dias a partir de 1º de agosto, início do próximo semestre letivo.
Além da suspensão, os alunos deverão cursar, durante um ano, disciplinas obrigatórias voltadas a temas como igualdade racial, justiça social e direitos humanos. Segundo a universidade, a medida tem caráter educativo e visa promover a reflexão e a transformação de atitudes.
No comunicado divulgado nas redes sociais, a reitoria da PUC-SP afirmou que as punições foram determinadas após um “amplo processo de escuta, diálogo e responsabilização”, conduzido pelo Núcleo de Mediação e Justiça Restaurativa da instituição. A universidade destacou que as medidas devem ser vistas como “ferramentas pedagógicas capazes de promover mudança e amadurecimento individual e estrutural”.
A universidade também anunciou que irá elaborar, em até 60 dias, um código de conduta específico para eventos estudantis e esportivos. A medida tem como objetivo garantir que o ambiente acadêmico seja mais seguro, inclusivo e comprometido com os princípios democráticos e os direitos fundamentais.
Após o episódio, os quatro alunos também foram desligados dos escritórios de advocacia onde atuavam como estagiários, sob acusação de conduta discriminatória.
