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Levantamento divulgado nesta quarta-feira (2) pela Genial/Quaest revela que 70% dos deputados federais se posicionam contra a proposta de emenda à Constituição que prevê o fim da escala de trabalho 6×1. O projeto, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), foi o mais rejeitado entre os 14 temas avaliados no estudo, ao lado da proposta que busca excluir as verbas do Judiciário do teto de gastos.
A pesquisa ouviu 203 parlamentares entre os dias 7 de maio e 30 de junho, com entrevistas presenciais e online. A amostragem foi distribuída conforme região e posicionamento ideológico dos partidos, e a margem de erro é de 4,5 pontos percentuais.
Outro tema com elevada rejeição entre os congressistas é o projeto de lei que combate os supersalários no serviço público federal: 53% dos entrevistados se disseram contrários à medida. Já a proposta de exclusão de verbas do Judiciário do limite de gastos teve apenas 15% de apoio.
Por outro lado, três temas receberam apoio superior a 70% dos deputados: a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda (88%), a exploração de petróleo na Amazônia (83%) e o aumento de penas para crimes de roubo (76%).
A pesquisa também identificou temas que geram divisão na Câmara. É o caso da proposta de incluir verbas indenizatórias no teto constitucional (48% a favor e 38% contra), da elevação da alíquota de Imposto de Renda para super-ricos (44% a favor e 46% contra) e da PEC da segurança pública (empate técnico, com 42% a favor e 42% contra).
Os deputados também foram questionados sobre temas institucionais. A maioria (64%) avalia que a política econômica do governo federal segue na direção errada. Apenas 28% consideram que está no caminho certo.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem avaliação positiva entre 68% dos entrevistados. No entanto, 59% acreditam que ele não colocará em votação o projeto de anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) também foi alvo de críticas. Para 48% dos deputados, o desempenho da Corte é negativo; outros 27% têm avaliação positiva. Além disso, quase metade dos entrevistados (49%) disse acreditar que o STF invade “sempre” as competências do Congresso Nacional. Apenas 5% acham que isso “nunca” ocorre.
Por fim, 65% dos parlamentares consideram improvável que o Congresso aprove no futuro um pedido de impeachment contra ministros do Supremo. Apenas 22% acreditam que isso pode ocorrer.
