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Reenaye Starr, uma modelo de fetiche de 44 anos, ganha cerca de R$ 25 mil por mês (US$ 5 mil) realizando pedidos excêntricos online, como interpretar uma gigante que devora pessoas minúsculas. Pesando atualmente 360 kg (cerca de 800 libras), ela transformou sua vida e seu corpo em uma carreira de sucesso no universo do fetichismo.
Reenaye, que vive em Holiday, na Flórida, pesava 150 kg (330 libras) até 2009, quando um acidente de carro mudou sua vida. Conforme relatado pelo New York Post, a colisão quebrou seu pé direito, deixando-a com uma deficiência que dificultou sua locomoção. Desde então, seu peso dobrou, mas isso não a impediu de encontrar no modelo de fetiche uma forma de expressão e sustento. Sua carreira começou em 2008, e hoje ela acumula cerca de 3 mil seguidores em nove plataformas, incluindo o OnlyFans, onde publica desde 2020, além de oferecer serviços como sexo por telefone.

Reenaye Starr / SWNS
Trabalhando cerca de oito horas por dia, Reenaye cria vídeos personalizados sob demanda. Suas especialidades incluem o “feederism” (prazer sexual ligado ao ganho de peso), o “squashing” (sentar em pessoas menores) e o “VOR” (fantasia em que ela finge ser uma gigante comendo pessoas pequenas). “Também já fiz fetiche de mirtilo, inspirado na personagem Violet Beauregarde de A Fantástica Fábrica de Chocolate, em que fico coberta de tinta azul. Já interpretei uma vaca reprodutora e uma porquinha comendo de quatro. É muito teatro e exagero para dar vida a essas fantasias”, conta ela ao veículo norte-americano.

Reenaye Starr / SWNS
A carreira de Reenaye começou de forma inesperada. Ela se inspirou em uma mulher plus-size que viu no MySpace posando como pin-up e vestindo roupas ousadas. “Naquela época, eu não conhecia mulheres gordas que se vestiam assim. Queria impressioná-la, então comecei a postar minhas próprias fotos em trajes pin-up”, lembra. Na época, ela pesava cerca de 125 kg (275 libras). “Isso parece muito pouco para mim agora”, reflete.
Embora não tenha conquistado a atenção da mulher que admirava, o webmaster dela a notou e a convidou para modelar. Esse foi o início de sua carreira no fetichismo, e desde então Reenaye tem se destacado em um mercado de nicho.

Reenaye Starr / SWNS
Para Reenaye, o universo do fetichismo é mais acolhedor do que se imagina. “Na indústria do sexo, há muita abertura para diferentes tipos de corpos e habilidades. No mundo do fetiche, as pessoas estão lá porque amam mulheres gordas fazendo coisas de gordas”, explica. Ao contrário da pornografia convencional, que segue padrões tradicionais de beleza, o fetiche valoriza a diversidade. “Nem sempre é sobre sexo. Às vezes, é só sobre o nicho, a fantasia ou a estética”, destaca.
Além do trabalho solo, ela já colaborou com modelos variados, como anões, fisiculturistas extremos e outras artistas plus-size. “O fetiche muitas vezes é sobre extremos: ser extremamente musculoso, extremamente gordo ou extremamente pequeno”, diz ela. Sua deficiência também a conectou a outros trabalhadores sexuais com limitações físicas. “Esse trabalho permite que eu fique em casa e seja criativa nos meus próprios termos”, afirma.
Apesar das suposições sobre sua saúde devido ao seu tamanho, Reenaye garante que está bem. “Eu pesava 150 kg no acidente, mas ganhei muito peso desde então. As pessoas acham que minha saúde é ruim, mas meus exames dizem o contrário. Tomo vitaminas, me mantenho ativa do meu jeito e me cuido”, diz. Sem planos de emagrecer, ela se sente feliz e saudável como é.
Fora do trabalho, Reenaye tem outros hobbies, como leitura de tarô e um canal no YouTube sobre culinária. Curiosamente, ela diz receber mais críticas nesses espaços do que no meio fetichista. “No YouTube, as pessoas julgam mais. No fetiche, há aceitação”, compara.
Financeiramente, o trabalho é rentável, mas variável. Ela cobra US$ 15 por minuto para vídeos personalizados, com um mínimo de 10 minutos — cerca de R$ 750 por pedido. “Mas há custos: acessórios, figurinos, viagens e pagamento de colaboradores”, explica. Mesmo assim, o saldo é positivo, permitindo que ela viva confortavelmente.
No fim das contas, Reenaye se vê como uma pessoa comum com um emprego fora do padrão. “Gosto de cozinhar, cuidar do jardim e fazer palavras cruzadas. Meu trabalho pode ser diferente, mas vivo minha vida como qualquer um”, conclui. Sua história é um exemplo de como criatividade e autoaceitação podem transformar desafios em oportunidades.