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O governo do Reino Unido anunciou a proibição da pornografia que retrata atos de estrangulamento, como parte de uma medida para combater o crescimento da violência contra mulheres e meninas. A mudança será implementada por meio de uma emenda à Lei de Crime e Policiamento.
A decisão foi tomada após a divulgação da Revisão Independente da Pornografia, liderada pela baronesa Gabby Bertin. O relatório concluiu que a pornografia tem contribuído para normalizar o estrangulamento como uma prática sexual segura, apesar dos riscos graves à saúde e à segurança das mulheres.
A ministra para Vítimas e Violência Contra Mulheres e Meninas, Alex Davies-Jones, afirmou que a medida visa proteger mulheres de práticas perigosas incentivadas por conteúdos pornográficos. “Retratar estrangulamento durante o sexo não é apenas perigoso, mas também degradante, com consequências reais para as mulheres”, disse. “Reprimir o aumento alarmante da pornografia de estrangulamento protegerá as mulheres e enviará um sinal claro para homens e meninos de que a misoginia não será tolerada.”
Andrea Simon, diretora da Coalizão Fim da Violência Contra as Mulheres (EVAW, na sigla em inglês), elogiou a decisão e destacou os danos causados por esse tipo de conteúdo. “Não existe estrangulamento seguro; as mulheres não podem consentir com o dano a longo prazo que ele pode causar, incluindo o prejuízo do funcionamento cognitivo e da memória. Sua ampla representação na pornografia está incentivando comportamentos perigosos, particularmente entre os jovens”, afirmou. “Este é um passo vital para reconhecer o papel que a pornografia violenta desempenha na formação de atitudes em relação às mulheres e na regulação de uma indústria que promove e lucra com a violência contra elas.”
