O volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,6% em fevereiro na comparação com o primeiro mês do ano. O resultado, divulgado nesta terça-feira (13) pelo IBGE, interrompe uma sequência de duas quedas consecutivas.
Apesar do desempenho positivo, o resultado de fevereiro sinaliza perda de fôlego do setor, que apresentou trajetória de crescimento entre os meses de maio e outubro passados.
Segundo Cristiano Santos, a dificuldade neste início de ano para o comércio varejista pode ser explicada pelo endurecimento das restrições para conter a pandemia de covid-19 e o fim da primeira rodada do auxílio emergencial. Além desses fatores, o desemprego ainda elevado e a inflação alta somam-se aos obstáculos enfrentados pelo setor varejista.
A pesquisa aponta, ainda, que, das oito atividades investigadas, quatro tiveram taxas positivas. O maior crescimento, de 15,4%, foi registrado nas vendas de livros, jornais, revistas e artigos de papelaria.
Também contribuíram positivamente para o resultado as atividades de móveis e eletrodomésticos; tecidos, vestuário e calçados. Além desses, com grande peso na pesquisa do IBGE, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançou 0,8%.
Já no campo negativo estão combustíveis e lubrificantes, artigos farmacêuticos, equipamentos e materiais para escritório, e outros artigos de uso pessoal e doméstico.