Nesta sexta-feira, a Argentina reconheceu oficialmente o oposicionista Edmundo González como o presidente eleito da Venezuela, em meio a uma crescente onda de críticas internacionais sobre a suposta falta de transparência por parte das autoridades eleitorais venezuelanas. As autoridades declararam Nicolás Maduro como vencedor, sem divulgar as atas da votação.
“Após vários dias da publicação das atas eleitorais oficiais da Venezuela em: http://resultadosconvzla.com, todos podemos confirmar, sem dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González”, afirmou a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, em sua conta na rede social X.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), visto pelos opositores como um braço do governo, anunciou a vitória de Maduro na manhã de segunda-feira. No entanto, a oposição rejeitou o resultado, afirmando que suas contagens mostram uma grande maioria para González.
De acordo com o CNE, Maduro foi proclamado presidente para um terceiro mandato de seis anos, com 51% dos votos, enquanto González teria obtido 44%. A oposição, contudo, afirma possuir cópias de mais de 80% das atas eleitorais, indicando que González recebeu 67% dos votos.
A decisão do governo argentino ocorreu um dia após os Estados Unidos reconhecerem González como o novo presidente da Venezuela. Este gesto foi um avanço na postura de Washington, que até então limitava-se a exigir a apresentação de documentos que comprovassem a reeleição de Maduro. Nesta sexta-feira (2), o Uruguai também reconheceu a vitória de Edmundo González.