Ernesto, que chegou a ser um furacão de categoria 2 em seu caminho para as Bermudas e depois se degradou para tempestade tropical, voltou a se intensificar e atingiu novamente a categoria de furacão durante sua passagem pelo Atlântico Norte, conforme informou neste domingo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
O NHC, com sede em Miami, alertou que Ernesto continua gerando fortes ondas com correntes de retorno perigosas, que ainda afetam significativamente a costa leste dos Estados Unidos, onde causou a morte de três pessoas, segundo confirmou o jornal USA Today. Por conta disso, foi emitido um alerta para os banhistas, destacando que as condições de ondulação e as correntes de retorno representam um risco “mortal”.
As mortes atribuídas a Ernesto incluem dois homens que se afogaram na sexta-feira, 16 de agosto, em Hilton Head Island, na Carolina do Sul, e outro nadador encontrado inconsciente nas águas de Surf City, na Carolina do Norte, no sábado. Ernesto também provocou graves inundações e apagões em Porto Rico e depois atingiu as Bermudas, deixando 75% do território britânico no oceano Atlântico sem fornecimento de energia elétrica.
O ciclone, agora novamente na categoria 1 na escala Saffir-Simpson, que vai até 5, está localizado a 840 quilômetros ao sul de Halifax, na Nova Escócia, Canadá, e a 1.310 quilômetros a sudoeste de Cape Race, em Terra Nova. De acordo com o boletim mais recente do NHC, Ernesto está se movendo rapidamente em direção ao oeste-noroeste, com uma velocidade de deslocamento de 28 quilômetros por hora e ventos máximos sustentados de 120 quilômetros por hora.
Na trajetória prevista, o centro de Ernesto passará perto do sudeste de Terra Nova na segunda-feira, 19 de agosto, e na manhã de terça-feira, 20 de agosto, com “alguma intensificação adicional nas próximas 12 horas”, seguida de um enfraquecimento antes de se transformar em um ciclone pós-tropical na terça-feira. As ondas geradas por Ernesto continuam a afetar partes das Bahamas, Bermudas, a costa leste dos Estados Unidos e o Canadá, condições que podem persistir nas próximas 48 horas.
Este é o terceiro furacão da temporada de furacões na bacia do Atlântico, que começou em 1º de junho e já produziu cinco tempestades tropicais: Alberto, Beryl, Chris, Debby e Ernesto.
Dessas, Beryl, Debby e Ernesto se fortaleceram até se tornarem furacões. Beryl chegou a alcançar a maior categoria na escala Saffir-Simpson, a cinco, causando destruição e mortes no Caribe e nos Estados Unidos. Trata-se de uma temporada que, segundo as previsões da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), terá entre 17 e 24 tempestades nomeadas e entre 8 e 13 furacões, dos quais entre 4 e 7 podem alcançar a categoria 3 ou superior.