O Boletim InfoGripe, da Fiocruz, destaca que as hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente devido à Influenza A (gripe) e ao vírus sincicial respiratório (VSR), continuam em ascensão em diversas regiões do país.
A análise nacional revela uma tendência de queda nas incidências de SRAG tanto em termos de longo prazo (últimas seis semanas) quanto de curto prazo (últimas três semanas).
No entanto, é ressaltada a necessidade de cautela na interpretação dos dados recentes do Rio Grande do Sul, devido às possíveis interferências na capacidade de atendimento e no registro eletrônico de novos casos de SRAG, decorrentes das condições climáticas constantes de chuvas na região.
No que diz respeito às crianças pequenas, os números de incidência e mortalidade relacionados ao VSR continuam significativos. Além disso, outros vírus respiratórios como rinovírus, Influenza A e covid-19 também estão contribuindo para os casos de SRAG nessa faixa etária.
A Fiocruz alerta para a situação dos idosos, ressaltando que a mortalidade por SRAG nas últimas oito semanas tem sido similar entre as faixas etárias, com destaque para covid-19 e Influenza A nesse grupo.
O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca a desaceleração das internações em algumas regiões, especialmente no que se refere ao VSR em estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, bem como à Influenza A em parte do Norte e Sul do país, associada ao aumento de SRAG em adolescentes e adultos.
Gomes enfatiza a importância da vacinação contra a Influenza A e do uso de máscaras adequadas, especialmente para os residentes do Rio Grande do Sul, onde as chuvas têm sido frequentes. Ele ressalta que a vacina e os cuidados são fundamentais, especialmente com a queda das temperaturas e a vulnerabilidade da população, pois os problemas respiratórios podem se agravar.
Nos últimos quatro períodos epidemiológicos, a prevalência de vírus respiratórios em casos com resultados positivos foi de 27,3% para Influenza A, 0,3% para influenza B, 56,2% para VSR e 4,6% para Sars-CoV-2/Covid-19.
Quanto aos óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os casos positivos foi de 48% para Influenza A, 0,3% para Influenza B, 16,6% para VSR e 30,2% para Sars-CoV-2/Covid-19.