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Pesquisadores Descobrem que Punição Promove Comportamento Cooperativo em Peixes

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Estudo mostra que os peixes podem usar a punição para promover a ajuda de seus filhotes Enquanto há um consenso crescente entre os humanos de que a disciplina corporal das crianças faz mais mal do que bem, os peixes podem discordar. Ryo Hidaka, Shumpei Sogawa, Masanori Kohda e Satoshi Awata da Universidade Metropolitana de Osaka demonstraram que uma espécie de peixe emprega punição física para obter esforços de ajuda de seus filhotes, indicando habilidades sociais e cognitivas avançadas anteriormente consideradas exclusivas dos vertebrados superiores.

Os resultados do estudo foram publicados online na revista Animal Behaviour abril desse ano. Por milênios, as sociedades humanas usaram punição para promover a cooperação e manter a ordem social. Mas os humanos não são a única espécie que busca um comportamento cooperativo melhor. Então, como outros animais alcançam isso? Buscando uma resposta, a equipe de pesquisa da Escola de Pós-Graduação em Ciências da Universidade Metropolitana de Osaka observou um animal bastante taciturno: peixes, mais especificamente, Neolamprologus savoryi, um peixe ciclídeo de reprodução cooperativa.

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“Embora a punição em ciclídeos de reprodução cooperativa tenha sido estudada, há evidências limitadas de que eles usam punição para incentivar o comportamento cooperativo”, disse Satoshi Awata, professor da Universidade Metropolitana de Osaka e autor principal do estudo. Os subordinados, ou ajudantes, de N. savoryi auxiliam os reprodutores dominantes, por exemplo, defendendo o território contra intrusos ou mantendo o abrigo de reprodução. Observando o comportamento de N. savoryi em um ambiente de laboratório controlado, os pesquisadores puderam manipular e medir os efeitos da punição no comportamento de ajuda.

Seus resultados mostraram que os reprodutores dominantes atacavam fisicamente os ajudantes inativos — incluindo seus próprios filhotes — para promover a participação destes em atividades cooperativas. De fato, aqueles que experienciaram tal agressão subsequentemente aumentaram seus esforços em comportamentos de ajuda. Em contraste, ajudantes que se engajaram proativamente em comportamentos de ajuda evitaram a agressão dos reprodutores dominantes. “Nosso estudo demonstrou que animais não humanos também usam punição para obter comportamentos cooperativos nos membros do grupo”, disse ele.

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As descobertas do estudo destacam que a punição não é exclusiva das sociedades humanas, mas também está presente na forma como outros animais impõem a cooperação e mantêm relações sociais. Esta pesquisa preenche uma lacuna no entendimento da evolução do comportamento cooperativo e dos mecanismos que os animais usam para sustentá-lo. “Nossas descobertas revelam que os peixes, assim como os humanos, empregam habilidades cognitivas avançadas para sustentar suas sociedades. Isso nos obriga a reconsiderar a noção de ‘inteligência’ não apenas nos peixes, mas em todo o reino animal”.

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