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O governo de São Paulo vai fracionar as férias escolares de julho na rede estadual de ensino. Hoje, os alunos e professores têm direito a 30 dias corridos de descanso na metade do ano.
A partir de 2020, esse tempo será reduzido para 15 dias e o restante vai ser diluído em outros dois períodos. Uma semana em abril, no final do primeiro bimestre de aulas, e outra semana em outubro, ao término do terceiro bimestre.
Segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares, a ideia foi inspirada em modelos como o do Espírito Santo e tem respaldo em estudos de universidades estrangeiras. O secretário ainda negocia com os municípios a adesão a esse novo calendário de férias de forma unificada. Cada prefeitura tem autonomia para definir o calendário escolar.
A União dos Dirigentes Municipais de Educação sugeriu ao governo do estado uma comissão para estudar mais a fundo um calendário em comum.
Para a diretora executiva do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Monica Gardelli Franco, o ganho de aprendizado com a mudança tem que ter evidências claras. Ela ressaltou ainda que o novo calendário precisa ser dialogado com o corpo docente das escolas.
A mudança nas férias ainda tem um aspecto econômico. Estudos da secretaria de Turismo indicam uma vantagem para aqueles que querem períodos de baixa temporada, além de ganhos para a economia regional com viagens mais curtas.
A presidente do Conselho de Turismo da Fecomercio, Mariana Aldrigui, alertou que a alteração do calendário escolar pode ter o efeito contrário se as famílias não se adaptarem à mudança.
A resolução do governo do Estado com as mudanças no calendário de férias ainda deve ser publicada nos próximos dias.