Brasil

Toffoli pode travar 6 mil inquéritos sobre o narcotráfico

A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de suspender todas as investigações que possuem dados compartilhados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), pode travar aproximadamente seis mil inquéritos e ações judiciais sobre facções criminosas e tráfico de drogas.

Entre janeiro de 2014 e junho de 2019, o Coaf produziu 1.586 Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) sobre organizações, que inclusive, controlam presídios, além de mais de 4.391 exclusivos de narcotraficantes. No total, são 5.977 relatórios feitos que embasam investigações das Promotorias e Procuradorias e também das Polícias Federal e nos Estados.

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A ordem de Toffoli, expedida na última segunda (15) a partir de um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), alvo de investigação do Ministério Público do Rio por suposta lavagem de dinheiro quando era deputado estadual, atinge todos os procedimentos que alojem dados do Coaf.

Neste período, os técnicos do Conselho elaboraram 9.421 relatórios sobre atos de corrupção. Além de outros 36 sobre terrorismo e outros milhares de documentos apontando para movimentações atípicas de investigados por fraudes (4.592 relatórios), crimes contra o sistema financeiro (767), exploração ilegal de minério (296), tráfico de pessoas (42), sonegação fiscal (2200) e armas (397).

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Os investigadores temem que a determinação de Toffoli pode contaminar todos os procedimentos que se baseiam em alertas do Coaf, ou seja, não apenas os casos de malfeitos com recursos públicos, mas inclusive os atribuídos a grupos violentos.

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