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#HaddadPresidente2019

O Partido dos Trabalhadores escolherá, em 24 de novembro, o comandante da legenda pelos próximos dois anos. A atual presidente (ou “presidenta”, como se diz no dialeto petista), a deputada paranaense Gleisi Hoffmann, é candidata natural à reeleição; porém, cresce a corrente dentro do partido que defende a condução do candidato derrotado na última eleição presidencial, Fernando Haddad, à direção da legenda.

Colocada na presidência do partido em 2017 com o determinante apoio de Lula, a histriônica Gleisi parece ter servido com perfeição aos propósitos do ex-presidente e atual presidiário: manteve o partido arrebanhado em torno do líder que mora desde abril do ano passado em uma cela da Polícia Federal em Curitiba, sustentando até o último momento a farsa de que ele poderia disputar o pleito à Presidência da República, para apenas em setembro – quando faltava menos de um mês para o primeiro turno das eleições – confirmar que o candidato seria Haddad. Mais que isso: com um minguado cacife eleitoral – vale lembrar que ela sequer tentou a reeleição ao Senado, contentando-se com uma cadeira na Câmara dos Deputados –, Gleisi não representa nenhuma ameaça à liderança de Lula que, ao que tudo indica, imputa a si mesmo a aura de um Dom Sebastião, que um dia ressurgirá “dos mortos” para liderar novamente seus súditos fiéis.

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Haddad é o oposto: ensaboado, camaleônico a ponto de ter se travestido de “homem conservador” às vésperas do segundo turno das últimas eleições (quem poderá um dia se esquecer da pitoresca cena dos marxistas na missa?) e capaz de ser tomado por “moderado” por boa parte da população, para muitos petistas o ex-prefeito de São Paulo tem tudo para se transformar em uma nova liderança nacional, com condições de atenuar os desgastes causados à imagem do PT nos últimos anos e desfazer a associação quase automática que grande parte dos brasileiros faz do partido com tudo o que há de mais abjeto, falso e desonesto.

Não se sabe, contudo, se a ascensão do poste à posição de líder, receberá a chancela do chefe – ou se, em sua suposta pretensão, Haddad precisará se opor a ele e, em vencendo, jogar a última pá de cal sobre o lulismo.

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Que o povo brasileiro – pelo menos a imensa parcela que tanto lutou para se ver livre do petismo nos últimos anos – não se engane: o PT não está morto; e vigiar os movimentos de suas figuras mais representativas é – e seguirá sendo – essencial para antecipar o cenário político dos próximos tempos.

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