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O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (29), nove casos suspeitos de coronavírus no país. Os casos foram notificados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná.
Todos os pacientes estão passando por testes genômicos para uma possível confirmação do vírus 2019-nCoV. Por enquanto, os exames serão centralizados na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo disse que os três casos suspeitos foram registrados na cidade de São Paulo. Os pacientes são dois irmãos, de 4 e 6 anos, e um adulto de 33 anos. Os três passam bem e estão em isolamento domiciliar.
De acordo com a pasta estadual, uma das crianças com suspeita da doença, o menino de 6 anos, retornou da China no dia 19 de janeiro e apresentou febre e tosse no dia 28. A criança mais nova, uma menina de 4 anos, não esteve no país asiático, mas teve contato com o irmão mais velho e apresentou os mesmos sintomas. As crianças foram inicialmente atendidas no Hospital Infantil Cândido Fontoura, na zona leste da cidade.
Já o homem de 33 anos voltou da China no dia 20 de janeiro. Apresentou febre, tosse e dor de garganta e foi atendido em um hospital privado da capital, segundo a secretaria.
“Os familiares estão orientados com relação às medidas necessárias para se prevenirem, como uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal, bem como sobre os cuidados requeridos para os pacientes, que incluem hidratação e a permanência em casa, sem circulação por outros locais e evitando contato com familiares e amigos, por exemplo”, disse a pasta, em nota.
As amostras dos exames feitos pelos pacientes já foram enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz, laboratório público de referência.
De acordo com o novo boletim, já foram notificados 33 pacientes com quadros suspeitos, mas apenas nove estão em investigação. Os demais foram descartados ou excluídos, por não se enquadrarem nos requisitos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Nenhum de nós tem possibilidade de dizer com que velocidade esse possível surto irá se desenvolver no país. No momento atual, faremos uma campanha de recomendações do mesmo modo que fazemos no caso do influenza”, disse João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde.