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Vídeos que circulam nas redes sociais desde a noite desta terça-feira, 18, mostram uma equipe de cinco policiais militares agredindo jovens em uma escola da Zona Oeste de São Paulo, enquanto alunos gritam ao fundo. Em determinado momento, um dos agentes saca um revólver e aponta para os estudantes.
O caso ocorreu na Escola Professor Emygdio de Barros, no Rio Pequeno. Os dois rapazes que são alvos dos policiais são agredidos com tapas, socos no rosto, rasteiras e um mata-leão, técnica de estrangulamento usada para imobilização.
Enquanto um dos jovens aparece nas imagens imobilizado, o outro segue apanhando de um dos agentes, o que motiva os outros alunos a gritarem pedindo para que o policial pare a agressão. Nesse momento, um deles saca o revólver e aponta para os alunos.
Um outro vídeo mostra os jovens sendo levados pelos policiais, que são vaiados pelo restante dos alunos.
Os jovens foram encaminhados à 91ª Delegacia de Polícia, na Vila Leopoldina.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que “todas as circunstâncias relativas ao fato serão apuradas” e que as partes serão ouvidas. Também afirmou que as imagens serão analisadas para a identificação dos envolvidos e “adoção das medidas cabíveis”.
Em nota, a Secretaria de Educação afirma que também segue apurando o caso e destacou que contribui com a Polícia Militar para esclarecer o fato.
Policiais foram afastados
Ao Estado, o ouvidor da Polícia, Elizeu Soares Lopes, afirmou que recomendou ao coronel Marcelino Fernandes, corregedor da PM, o afastamento de todos os policiais envolvidos no caso, pelo menos até o fim das investigações. “Telefonei hoje, por volta das 6h, para ele. Solicitei a apuração rigorosa da conduta dos policiais e recomendei que o mesmo afastasse até o término das investigações os policiais envolvidos no episódio. Claro, sempre dando a oportunidade da defesa dos agentes”, comentou.
A informação foi confirmada em nota pela Secretaria de Segurança Pública: “Assim que tomou conhecimento o comandante da área determinou a imediata instauração de inquérito policial militar para a rigorosa apuração dos fatos. O comandante também afastará os envolvidos da atividade operacional até o término das investigações”. / Agência Estado