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A paternidade da queda nos índices de criminalidade do País está por trás da greve de policiais no Ceará e da ameaça de mobilização da categoria em vários outros Estados. A avaliação é do coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior, presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares, colegiado que reúne a cúpula das forças policiais estaduais.
“Os policiais têm uma percepção de que tiveram uma contribuição importante na melhoria do País e isso se traduz numa expectativa de reconhecimento”, disse o coronel, que comanda a PM de Santa Catarina.
A redução de 21% nos homicídios em 2019 já provocou um embate entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e governadores, responsáveis diretos pelas polícias. A guerra começou quando o ex-juiz da Lava Jato tentou capitalizar os bons resultados na política de segurança. Governadores reagiram e chegaram a pedir ao presidente Jair Bolsonaro que tirasse de Moro a gestão dessa área.
Os praças das PMs, que fazem o combate direto aos bandidos nas ruas, querem receber aumento pelo efeito alcançado.
O “porta-voz” dos comandantes das PMs afirma que o movimento de policiais não têm “influência política”, nem deve gerar “efeito dominó”, mas alerta: grevistas armados podem provocar “estrago” e “medo”. / Agência Estado