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Hospitais de Alagoas recusam pacientes com sintomas da covid-19

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Com 2.761 casos confirmados da covid-19 e 164 mortes – 14 delas somente na quarta-feira (13) -, de acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, Alagoas está vendo o número de leitos para o tratamento da doença chegar a sua capacidade máxima. Algumas unidades de saúde já não possui  mais leitos para os pacientes que chegam com sintomas da doença.

Cerca de dois hospitais (Arthur Ramos e Santa Casa de Misericórdia, ambos na capital) já chegaram a situação crítica, mesmo com o isolamento social decretado pelo governador Renan Filho (MDB) desde o dia 16 de março. No primeiro, um aviso na entrada diz que já não há mais vagas para pacientes com covid-19.

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Ainda segundo o boletim da Central de Regulação de Leitos da Secretaria de Saúde de Alagoas, emitido na quarta-feira, dos 501 leitos disponíveis para pacientes infectados pelo vírus no Estado, incluindo UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e clínicos, 302 (60%) estavam ocupados.

Algumas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Alagoas já informaram que também não possuem vagas. Segundo o boletim da Secretaria de Saúde dos 102 municípios alagoanos, 69 já registraram pacientes com covid-19. A capital continua tendo a maior quantidade, com 2.064 casos, seguida dos municípios Marechal Deodoro (68), Rio Largo (62) e Satuba (50), todos na Região Metropolitana.

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Em razão da crise que afeta o sistema de saúde, os  alagoanos com suspeitas da covid-19 se encaminham para o HGE (Hospital Geral do Estado), o maior centro de atendimento de urgência e emergência de Alagoas. A aglomeração na recepção do hospital, que não obedece a nenhum tipo de distanciamento, acaba pondo em risco pacientes que estão na unidade por outros motivos.

“O HGE não é referência no atendimento de casos de covid-19, mas os pacientes estão chegando e ficando. Se chegar gente com dor no peito, vai ficar, e a chance de pegar (covid-19) é grande”, alertou o presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Alagoas), Marcos Holanda, na terça-feira (12) – quando o HGE já abrigava 42 pacientes com suspeita ou confirmação da doença. “Aqui era para ficar livre para atender outros casos. Não tem mais leito”.

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Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o número de casos suspeitos e confirmados da covid-19 tem aumentado e que os pacientes que procuram o HGE são acolhidos, uma vez que a unidade é pública e, portanto, aberta.

O órgão destaca a importância da população seguir as medidas de isolamento social para evitar o aumento de casos no Estado e, consequentemente, de hospitalização, “uma vez que não há uma vacina para proteger contra o novo coronavírus”.

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 Uma ação conjunta dos Ministérios Públicos Estadual e Federal na segunda-feira (11) está se empenhando no intuito de aliviar a crise dos leitos. Na ação, os dois órgãos pedem que as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde de Maceió supervisionem os leitos destinados aos pacientes com covid-19 na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. A intenção é identificar quantos leitos destinados ao SUS (Sistema Único de Saúde) estão disponibilizados para o tratamento da doença.

 

“Já da unidade de saúde, os MPs querem explicações detalhadas sobre como o hospital está tratando os pacientes com base no número de leitos”, informa o Ministério Público Estadual, em nota. “A Santa Casa deverá, ainda, promover, no prazo de 48 horas, a ampliação de leitos nos termos já anteriormente contratualizados com o Poder Executivo Estadual como ação de enfrentamento ao novo coronavírus”, diz o texto.

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Até a noite de quarta-feira (13), quando se encerraria o prazo, apenas a Secretaria de Saúde do Município tinha atendido à solicitação, nomeando uma auditoria para chegar as informações cobradas pelos MPs.

 

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Novos leitos

Para tentar aliviar a sobrecarga do sistema de Saúde de Alagoas, o governador Renan Filho informou que na próxima sexta-feira (15) haverá a inauguração do Hospital Metropolitano de Maceió, que contará com 100 leitos clínicos e 30 UTIs.

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O governo estadual, afirmou que a unidade médica terá capacidade para realizar 10.300 atendimentos mensais.

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