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O governo Witzel rescindiu um contrato milionário assinado durante a crise do coronavírus com uma empresa de um estudante de 19 anos de idade, sem licitação, a secretaria de saúde do estado encomendou por 56,2 milhões de reais 300 aparelhos respiradores para pacientes infectados em estado grave. Até hoje, os equipamentos não foram entregues.
O Ministério Público estadual deflagrou, após receber a denúncia, uma operação para investigar as suspeitas de fraudes em compras de respiradores feitas pelo governo do Rio de Janeiro e inclusive dentre os alvos da investigação, estavam o ex-subsecretário-executivo Gabriel Neves, preso na semana passada, e a MHS Produtos e Serviços, uma pequena empresa controlada por Guilherme Sismil Guerra, um garoto de 19 anos que mora no exterior e administra um podcast na internet.
Ao entrar em contato com a MHS no fim de abril, a revista Veja revelou que a empresa nunca atuou no setor de saúde e que, na realidade pertencia a Glauco Oliveira, pai de Guilherme e ex-auditor da Receita Federal. O servidor aposentado admitiu que sempre foi o responsável pelo negócio, mesmo não fazendo parte oficialmente da sociedade. Fora isso, reconheceu que houve certo “descontrole” do governo do Rio durante a pandemia, que o estado “não tinha planejamento efetivo” e que contratou os respiradores “meio a toque de caixa”. O ex-auditor também foi alvo da operação do Ministério Público. Ele estava foragido, mas foi localizado e preso pela Polícia Federal em Belém.
Além da MHS, outras empresas que fecharam contratos milionários com o governo do Rio durante a pandemia estão na mira de investigações. Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a Operação Favorito para apurar suspeita de corrupção em negócios que totalizam 700 milhões de reais.
Após esses escândalos virem à tona, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), decidiu exonerar o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos.
*Com informações da Veja