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O capitão da Polícia Militar Leonardo Magalhães Gomes da Silva, acusado de ser o líder de uma narcomilícia que atua em várias comunidades da Zona Oeste, se entregou no começo da madrugada desta sexta-feira (10), informa o G1. Ele foi alvo da operação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual chamada de “Porto Firme” nesta quinta. Acompanhado de um advogado, o oficial se apresentou à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca.
Após a ação, o capitão, que é lotado no Departamento Geral de Pessoal (DGP), chegou a ser considerado foragido e teve sua foto incluída no Portal de Procurados. De acordo com as investigações, Capitão Léo é o responsável por diversas mortes na região de Vargem Pequena e Vargem Grande.
Segundo a Polícia Civil, ele se recusou a prestar depoimento e foi levado durante a madrugada para o Batalhão Prisonal da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, por meio do Gaeco/MP-RJ, Leonardo é acusado de tráfico de drogas, extorsão, agiotagem, corrupção, além de grilagem de terra, mesmo estando na PM. A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a Corregedoria da Polícia Militar apoiaram a ação, que contou com 200 policiais.
“Lamentamos que esses (policiais) estejam envolvidos nesse tipo de criminalidade. Hoje é mais uma ação de combate às organizações criminosas”, disse o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), na manhã desta quinta-feira durante a operação para realizar as prisões.
A operação Porto Firme foi realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual para desarticular uma narcomilícia que atua em bairros da Zona Oeste do Rio. Os principais redutos do grupo são os bairros de Jacarepaguá, Vargem Grande e Vargem Pequena. A quadrilha é acusada de praticar crimes como extorsão, ameaças e homicídios. Foram expedidos 16 mandados de prisão e 51 de buscas e apreensões.