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Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (22) no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o Estado irá adquirir 2,5 mil câmeras corporais que irão monitorar as ações dos policiais militares. A aquisição será feita por meio de um pregão internacional.
Olho Vivo
O programa apelidado de “Olho Vivo” irá entrar em vigor no dia 1º de agosto. De acordo com Doria, São Paulo já recebeu uma doação privada de 585 câmeras, totalizando mais de 3 mil equipamentos.
As câmeras, que serão fixadas nos uniformes dos policiais, tem o objetivo de diminuir o nível de violência daqueles que cometem excessos.
“O uso vai auxiliar e muito nas provas das ações policiais. E poderão ser utilizadas pela polícia, segurança pública e Justiça. A iniciativa vai, sim, reduzir, e muito, o nível de violência de poucos policiais que cometem excessos. E, com isso, vamos preservar a maioria da corporação. Damos uma resposta a esse 0,6% de policiais que não seguem o protocolo da melhor polícia do Brasil”, detalhou Doria.
As imagens serão capturadas pelas câmeras em turno de trabalho e no final do expediente elas serão armazenadas em nuvem. O sistema ainda irá permitir acesso remoto a usuários com credenciais. O conteúdo pode ser usado para auditoria, pesquisa, controle e custódia.
O secretário executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Alvaro Batista Camilo, informou que o acessório irá transmitir mais transparência às ações policiais. Coronel Camilo garantiu ainda que as câmeras não poderão ser desligadas.
“Primeiro: a câmera é inviolável por parte do policial. Segundo: a ação policial já está sendo filmada por toda a população, em muitos locais. A câmera vai ser muito mais de interesse do próprio policial, como aconteceu nos testes de ligar a câmera. Outra coisa: não é só ele, sempre tem uma equipe, dois, três, quatro (policiais) que vão estar naquela mesma ocorrência, no mesmo local. Isso em um determinado momento. Pô, então todos têm que desligar a câmera ao mesmo tempo. Serão responsabilizados”, assegurou.
“Agora, não tem só as câmeras da polícia. Você tem as câmeras da comunidade. Hoje nós somos filmados várias vezes por dia quando saímos de nossas casas. Isso é muito mais para mostrar esse grande trabalho feito pela polícia de São Paulo, que não aparece. O que vem para a mídia, normalmente, é aquela (operação) que deu um pouquinho de diferença em relação à não-conformidade. Mas teremos oportunidade, no futuro, de ver esse grande trabalho. Volto a falar: nos testes que já foram executados no final do ano passado, começo deste ano, houve interesse dos policiais em manter a câmera ligada.” concluiu.