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A Ford fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, na Bahia, para um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que começa nesta semana e pagará até R$ 93 mil de salários extras para trabalhadores que aderirem. A informação é da CNN Brasil. A empresa também vai prorrogar até o fim de dezembro a suspensão de contratos de trabalho (lay-off) de cerca de 1,45 mil funcionários próprios e de fornecedores que operam dentro do complexo na Bahia. Eles estão fora da fábrica desde março e, de acordo com o presidente do sindicato, Júlio Bonfim, se houver necessidade o prazo poderá ser estendido até maio.
A Ford é a terceira entre as cinco maiores fabricantes de automóveis do País a anunciar PDV para reduzir a ociosidade de mão de obra nas fábricas, intensificada pela pandemia. Do grupo, Fiat e Hyundai ainda não anunciaram medidas desse tipo.
Pelo PDV, o valor mais alto será pago a quem trabalha na Ford há mais de 17 anos, segundo a emissora. Para os demais o valor vai variar de R$ 40 mil a R$ 80 mil, dependendo do tempo de contrato. O grupo fechou a fábrica do ABC paulista no ano passado e tem hoje 6,5 mil empregados em Camaçari. Outros 3,5 mil estão nos fornecedores de peças do complexo.
Em nota, a Ford informou que “o objetivo é ajustar os níveis de produção à significativa desaceleração do mercado gerada pela pandemia”. O PDV é voltado aos empregados da área de produção e as inscrições começam a partir de quinta-feira.
De acordo com Júlio Bonfim, a Ford iniciou o ano com previsão de produzir 215 mil unidades do EcoSport e do Ka, mas a projeção caiu para 136 mil unidades “ou menos”. Para ele, a proposta do PDV da Ford – que tem acordo de não fazer demissões em massa até 2023 – “é a maior do Brasil”. A empresa não indicou meta a ser atingida.