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A Prefeitura de São Paulo (SP), coordenada pelo tucano Bruno Covas, concedeu nesta sexta-feira (23) o Vale do Anhangabaú, no Centro da capital, para gestão e exploração comercial à iniciativa privada pelo prazo de 10 anos por R$ 6,5 milhões, a maior proposta feita na concorrência pública.
No último ano, a gestão Covas investiu R$ 93,8 milhões na reconstrução de um dos principais cartões postais da cidade. Os envelopes da licitação foram abertos nesta manhã, e o Consórcio Viaduto do Chá, formado pelas empresas G2P Partners e GMCOM Eventos e Projetos Especiais apresentou a melhor proposta financeira, que foi 6.751% acima do esperado pela gestão.
A concessionária terá que investir na manutenção e revitalização do espaço reformado e, em contrapartida, poderá explorar comercialmente a área. No local deverão ser gratuitamente promovidas atividades culturais, educativas, esportivas ou recreativas, e quiosques serão alugados para comércio e alimentação.
O consórcio também deverá implantar o Museu dos Direitos Humanos e Cidadania na Galeria Prestes Maia, que liga a Praça do Patriarca até o Anhangabaú, por baixo do Viaduto do Chá, agregando ao circuito de cultura e artes na região central de São Paulo.
O principal objetivo da reforma e da concessão, de acordo com a Prefeitura, é a revitalização da área e integração com o entorno, “transformando uma área que hoje é de trânsito, em destino”, além de existir uma expectativa de benefício econômico de R$ 250 milhões por ano para os estabelecimentos do Centro, com aumento da circulação de pessoas, e R$ 46 milhões para os cofres públicos com outorgas, investimentos, desoneração e recolhimento de impostos.
As obras de requalificação do Vale do Anhangabaú começaram há pouco mais de um ano, em junho de 2019, e já passaram por oito termos de aditamento de contrato entre a Prefeitura de São Paulo e o Consórcio Central, que elevaram os custos totais do serviço para R$ 93,8 milhões, valor 17,4% maior do que o previsto inicialmente.