Brasil

A hipocrisia de quem aglomerou na festa dos outros

Joice Hasselmann (PSL) poderia ter curtido tranquilamente a festa da vitória de Arthur Lira (PP) para a presidência da Câmara, na noite da última terça-feira (2), não fosse um detalhe chatinho: a tal da hipocrisia. Dizer que os outros parlamentares não caíram na mazela do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” seria bondade minha, mas na terra dos hipócritas sempre há um campeão. Nesse caso, campeã.

As imagens da nossa campeã da semana dançando alegremente na festa de Lira contrastam com as imagens da mesma Joice fazendo campanha ferrenha para o “rival” dele, Baleia Rossi. Como observaria um bom mineiro – foi como eu enxerguei, inclusive – Hasselmann torceu para o Atlético-MG, mas comemorou o título do Cruzeiro.

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Entre um cheiro aqui e uns abraços ali, a deputada quebrou as próprias recomendações de distanciamento social para evitar a propagação do novo coronavírus. Aliás, vergonhosamente a maioria dos políticos que aproveitaram a festança em Brasília pregam, fora dali, que o povão deve evitar aglomerações, abraços e beijos; mas a elite, ao que parece, é imune ao vírus.

Ao ser questionada e até ridicularizada, a ex-apoiadora de Jair Bolsonaro fez um malabarismo retórico para defender a sua folia em festa alheia e chamou o rebuliço com o seu nome na internet de “chilique generalizado de bolsonaristas e extremistas lacradores”.

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Depois das incoerências incontáveis, o abismo entre o que Joice fala e o que Joice faz só aumenta. Por essas e por muitas outras, o troféu hipocrisia da semana é dela. Não é a primeira vez que a loira leva o prêmio e, pelo baixo nível de suas atitudes, tudo indica que não será a última.

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