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Frota menor e funcionários afastados deixam transporte público lotado em SP

Com a redução da frota em circulação de ônibus, trens e Metrô de São Paulo, mesmo durante a fase emergencial no estado para conter a propagação da Covid, passageiros continuam aglomerados, em pé, sem qualquer distanciamento social no transporte público na capital paulista.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), antes da pandemia, 3,3 milhões de passageiros eram transportados nos ônibus ao dia.

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Hoje, segundo o SPUrbanuss, o número é de 1,9 milhão, cerca de 60% da demanda.

No horário de pico da manhã, a Record TV flagrou dezenas de coletivos parados em garagens das zonas norte e sul da cidade de São Paulo nesta quinta-feira (08) enquanto os passageiros sofriam com a superlotação dos ônibus.

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O presidente da SPUrbanuss, Francisco Christovam, contestou: “Terminada a operação Bota fora, ainda ficam ônibus nas garagens, os que precisam de manutenção, os reservas e os que não têm condições de circular por falta de motorista ou cobrador. Mas as empresas não estão retendo  veículos na garagem até porque elas não são remuneradas por passageiro transportado e sim por planilha de custos. Quanto mais ônibus em circulação, maior a receita”.

Ele reconhece ao jornal que, por causa da pandemia, aumentaram os afastamentos por problemas de saúde: “Temos recebido, em média, 150 atestados médicos por mês, por empresa. Somos vítimas e não responsáveis pelas aglomerações. O problema não é a oferta de ônibus, mas a concentração de passageiros em determinados horários”.

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O diretor Altino Prazeres, do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, afirma que nunca a frota do Metrô será de 100% porque faltam funcionários para operação e manutenção das composições. “Em um dia, temos 15 trens com problemas. Antes da pandemia, havia 41 trens na linha 1-Azul do Metrô, por exemplo, hoje são 37 no pico da manhã e 35 à tarde. Pode parecer uma redução pequena, mas o impacto é grande. Não tem o que fazer porque faltam funcionários na operação e na manutenção, além da grande quantidade de usuários no sistema para a quantidade de trens”.

A pandemia trouxe muitos afastamentos de profissionais da categoria seja pela infecção pelo Covid ou até pela idade e comorbidades.

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De acordo com o Sindicato dos Metroviários, são pelo menos 22 óbitos por Covid-19, entre 8.800 trabalhadores, e 1.146 afastamentos. Foram 392 casos confirmados d doença no Metrô Estatal e outros 269 nas linhas privatizadas.

Desde o início da pandemia até março deste ano, um levantamento do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores de Ônibus de São Paulo indica que foram registrados 2 mil casos suspeitos de Covid, 1.373 confirmados e 131 óbitos.

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Devido ao aumento de casos, o setor de transportes negocia com o governo a inclusão da categoria entre os grupos prioritários de vacinação contra a covid-19. Caso isso não ocorra, uma greve sanitária está sendo articulada para o próximo dia 20. 

Diariamente, imagens de aglomeração são flagradas em estações como Brás e Luz, que conectam os diferentes modais de transporte. Nas redes sociais, passageiros reclamam do desrespeito ao distanciamento social em ônibus e vagões e mostram filas para embarque nos horários de pico. Uma mulher até ironiza: “Sem aglomeração, sem aglomeração” ao mostrar as filas formadas no acesso ao Monotrilho na estação Vila Prudente, na zona leste.

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Para evitar a sobrecarga do transporte, foi anunciado o escalonamento no horário de entrada de funcionários dos serviços considerados essenciais. Ainda assim, a estratégia não surtiu o efeito esperado.

Apesar de só serviços essenciais poderem funcionar e com horário reduzido, flagrantes de aglomeração são comuns no transporte público, até mesmo durante o megaferiado na cidade de São Paulo.

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Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte), o número de passageiros transportados caiu 27,6% entre 26 de março e 4 de abril na comparação com os dez dias anteriores, chegando a 9,7 milhões. Ainda de acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, entre 16 e 25 de março, os ônibus municipais tiveram uma demanda de 13,4 milhões.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que “no momento, a frota de ônibus está mantida em 93,3% nos bairros mais afastados do centro e em 88% em toda a cidade, para uma demanda de menos da metade”.

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A pasta diz que a demanda de passageiros caiu de 61% na semana anterior ao retorno da fase vermelha para uma média de 39% durante os feriados antecipados. Nesta terça-feira (6), a demanda foi de 46% em relação a um dia útil antes da pandemia.

A SPTrans destacou que adotou uma série de medidas preventivas em relação à covid-19, como reforço na higienização dos veículos, terminais e garagens, autorizou as empresas a isolarem motoristas com cortina em “L”, além do uso obrigatório de máscaras.

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Já a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou, também em nota, que está com a “Operação Monitorada” desde o início da pandemia e garantiu que não há alteração da frota ou de horário na fase emergencial. “A oferta é de 100% da frota, principalmente em horários de pico, mesmo com a queda expressiva no número de passageiros”, escreveu.

O secretário Alexandre Baldy defendeu o escalonamento obrigatório de entrada e saída de trabalhadores em atividades essenciais como forma de se evitar a concentração de passageiros nos horários de pico, entre 5h30 e 7h30 e das 17hs às 19h30. 

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De Gazeta Brasil, com informações de R7

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