Brasil

Plano é condenado a indenizar em R$ 100 mil família de bebê que morreu esperando vaga em UTI

Um plano de saúde foi condenado pela Justiça a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil aos pais da pequena Lorena Vieira Santos, de oito meses, que morreu enquanto aguardava uma vaga de UTI pediátrica por recusa do convênio em dispensar o período da carência em São Vicente, no litoral de São Paulo.

A defesa do plano de saúde ainda pode recorrer da decisão. A pequena Lorena Vieira Santos, de oito meses, morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória enquanto aguardava vaga em uma UTI pediátrica por conta de uma cardiopatia congênita.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Em entrevista ao G1, a mãe, Raíza Vieira, de 20 anos relatou na época que a filha esperava transferência para um hospital na capital paulista, mas não resistiu.

O convênio médico foi contratado no fim de agosto, com carência de 180 dias, mas logo a bebê passou a precisar dos serviços médicos, devido à doença recém-descoberta e suas complicações.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

No entanto, a empresa insistia em recusar a internação, forçando os pais a procurarem pelo serviço público de saúde.

Na sentença, o juiz Thiago Gonçalves Alvarez, da 3ª Vara Cível de São Vicente, entendeu que a pequena “não é e nem pode ser, por óbvio, responsável pelas doenças diagnosticadas”. O magistrado entendeu, ainda, que a recusa em cobrir o atendimento urgente da menina, apesar do período de carência, não foi legítima.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O advogado de defesa da família, Eduardo Kliman, elogiou a sentença proferida pelo juiz. “Uma das coisas mais importantes da sentença é a valorização da vida. “É colocar a vida em primeiro lugar, não um contrato, uma relação mercantil”, comentou.

Ele diz, ainda, que espera que a decisão repercuta entre as operadoras de saúde para que algumas decisões de casos específicos e urgentes, como era o de Lorena, sejam revistas com mais delicadeza.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Faço votos que as operadoras revejam suas estratégias e posicionamentos em casos semelhantes. E que sirva de lição para que não veja acontecer novos casos como o dela”.

“A insistência em impedir o acesso da filha à rede credenciada, quando ela mais necessitava da cobertura contratual […] revelou-se abusiva […] e frustrou a legítima expectativa da interessada de ter o adequado e esperado tratamento para a situação emergencial por ela vivida”, escreveu o juiz na sentença.

Ao g1, Raíza Vieira afirmou que não está satisfeita com a sentença, pois, segundo ela, nenhuma quantia é suficiente para amenizar a dor que ela sentiu ao perder a filha.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Não importa quanto vão me pagar pela indenização, nenhum valor irá me trazer de volta minha princesinha, que tanto sinto falta. Sabe, sempre chegam lembranças em minha galeria de fotos e quando vejo não aguento a dor, uma luta diária que, ao invés de amenizar, só aumenta”, finaliza.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile