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O desabamento que criou uma cratera na Marginal Tietê na terça-feira (1º) ocorreu em uma área considerada frágil para acidentes do tipo. O Relatório de Impacto Ambiental, realizado antes das obras da Linha 6-Laranja do Metrô conseguir a licença ambiental, em 2013, apontava para os riscos de obras na região.
Encomendado pelo Metrô de São Paulo, o documento indicava que o trecho entre as futuras estações Água Branca, Santa Marina e Freguesia do Ó fica em uma faixa paralela ao Tietê “cujo nível de fragilidade é muito alto”.
O texto cita a possibilidade de inundações periódicas. Além disso, o relatório indica que ao longo dos rios Tietê e Pinheiros há um tipo de solo específico, aluvial, que é mais propenso a “problemas de recalque”.
Recalque é um termo da engenharia para indicar o rebaixamento ou afundamento de uma estrutura.
Na manhã de terça-feira (1º), parte do asfalto cedeu ao lado da obra do Metrô da Linha 6-Laranja, na zona norte da capital paulista. Não houve feridos. Apenas 2 funcionários, que tiveram contato com a água contaminada, foram socorridos por precaução.
O Relatório de Impacto Ambiental da Linha 6-Laranja do Metrô foi aprovado em 29 de janeiro de 2013. A obra começou em 2015 e foi paralisada em 2016, depois de problemas com o contrato do consórcio Move São Paulo.
Foi retomada em outubro de 2020, com a empresa Acciona, e tem previsão de entrega em 2025.
As perfurações do túnel da linha começaram em dezembro de 2021. A estação terá 15 km de extensão e 15 estações, ligando o bairro da Brasilândia, na zona norte, com a estação São Joaquim, no centro. O investimento previsto é de R$ 15 bilhões.