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Cacique e servidor da Funai são presos pela PF suspeitos de envolvimento em garimpo ilegal em terra indígena em MT

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Um cacique e um chefe da coordenação técnica local da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, foram presos em uma operação da Polícia Federal e do Ibama no domingo (20).

Ambos são suspeitos de terem envolvimento em esquema de extração de ouro ilegal feita por garimpeiros na região. O cacique é suspeito de receber 20% do ouro extraído da Terra Indígena Aripuanã, da etnia Cinta Larga.

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Por causa do difícil acesso, os dois suspeitos só chegaram à sede da PF para serem ouvidos na madrugada desta segunda-feira (21).

Além dos dois, um garimpeiro também é investigado por crimes ambientais e contra a administração pública na Terra Indígena, mas está foragido.

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A Operação Ato Reflexo foi deflagrada na tarde de domingo para desarticular a associação criminosa. Durante as ações de fiscalização na terra, que fica entre os municípios de Juína e Aripuanã, foram apreendidos dois celulares.

Após a análise dos aparelhos, foi constatado que um servidor da Funai trabalhava como ‘agente duplo’ utilizando a função pública para repassar, previamente, informações a alguns garimpeiros sobre a realização de operações de crimes ambientais realizadas por policiais federais e pelo Ibama. O servidor cobrava para passar as informações.

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Também foi confirmada a participação de uma liderança indígena que recebia 20% do ouro extraído da Terra Indígena.

Foram cumpridos então os mandados de prisão expedidos pela Vara Federal de Juína em desfavor da liderança indígena e do servidor da Funai.

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O proprietário de máquinas a quem foi transmitida a informação de que haveria operação policial dirigida aos garimpos, até o momento, encontra-se foragido.

As investigações terão continuidade para identificar os indivíduos envolvidos nas demais práticas criminosas investigadas.

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