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Falta acesso à coleta de esgoto para 100 milhões de brasileiros, apontam dados

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Os problemas que envolvem a questão do saneamento básico seguem presentes na vida dos brasileiros, com quase 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada e falta de coleta de esgoto para 100 milhões.

Os dados, apresentados nesta terça-feira (22), Dia Mundial da Água, pelo Instituto Trata Brasil com base nos indicadores do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).

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Eles tratam a questão como fator determinante para a hospitalização de centenas de brasileiros por doenças de veiculação hídrica. O relato mostra que somente metade (50%) do volume de esgoto gerado no Brasil passa por tratamento, o que representa o despejo de 5.300 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza todos os dias.

Segundo o estudo, o investimento de R$ 13,7 bilhões destinado ao tratamento do esgoto no Brasil “é insuficiente para que sejam cumpridas as metas do Novo Marco Legal do Saneamento”, sancionado em 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Entre as 100 cidades analisadas para a realização do estudo, a disponibilidade do acesso à água tratada chega a 94,38% da população, percentual maior do que a média nacional, de 84,13%.

O destaque negativo fica por conta da cidade de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, onde somente 32,87% dos moradores recebem água tratada em seus domicílios.

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Já no quesito coleta de esgoto, enquanto a média nacional é de 54,95% da população com esse serviço em seus lares, as localidades pesquisadas contam com uma média de 75,69%, sendo Piracicaba (SP) e Bauru (SP) as duas únicas cidades entre as analisadas com 100% do esgoto coletado.

“Outros 34 municípios têm índice de coleta superior ou igual a 90% e, portanto, podem também ser considerados universalizados de acordo com a legislação”, relata o relatório do Trata Brasil.

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O município de Santarém (PA), por sua vez, conta com apenas 4,14% da população atendida com serviço de coleta de esgoto, o menor índice de toda a amostra.

Na análise regional, o relatório mostra que os municípios situados nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais seguem na liderança de melhores acessos ao saneamento básico. Por outro lado, entre os 20 piores sempre estão municípios da região Norte, alguns do Nordeste e do Rio de Janeiro.

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